terça-feira, 2 de junho de 2009

‘Fiquei assustado’, conta Serginho do vôlei ao desembarcar de Paris no Rio

Passageiros contam clima de tensão em voo da Air France nesta terça.
Segundo relatos, voo contou com a presença de técnicos da empresa.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

Foto: Alícia Uchôa/G1 Foto: Alícia Uchôa/G1

Rubinho da comissão técnica do vôlei (esq) e o líbero Serginho chegaram da França nesta terça (2) (Foto: Alícia Uchôa/G1)

O clima era de alívio entre os passageiros que desembarcaram no primeiro voo Paris-Rio um dia após o desaparecimento do voo 447 da Air France, na madrugada desta terça-feira (2). Além de forte turbulência sobre o Oceano Atlântico, eles contam que houve realojamento de lugares no avião para que a empresa trouxesse ao Brasil técnicos franceses.

Cobertura completa: voo 447
“Houve uma forte turbulência. Quando começou a balançar, fiquei assustado. Ainda mais quando percebi que estávamos sobre o oceano”, contou Serginho, líbero da seleção brasileira de vôlei que voltava na Europa após disputar torneio na Alemanha e na França.

Técnicos franceses no Brasil

A tensão era tanta que a funcionária pública Ligia Ferraz, chorou nos braços da madrinha ao desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio.

“Lá, a companhia chegou a pedir que passageiros adiassem o voo para que os técnicos da Air France pudessem seguir para o Brasil. Foi um estresse. Não costumo ter medo de voar, mas fiquei com receio”, disse ela.

Bagageiro trancado

Apesar de ter pousado no Rio por volta de 5h30, os passageiros afirmam que só conseguiram pegar suas bagagens às 8h.
“O bagageiro ficou trancado e teve que ter reforço para abrir”, afirmou o funcionário público Luiz Carlos Machado. “Foi um voo triste, silencioso e tenso nos momentos de turbulência”, resumiu.

Sala de atendimento: só em hotel na Barra

Na noite de segunda-feira (1), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou o fechamento da sala de crise no Galeão. A partir de agora, segundo o órgão, o atendimento às famílias de passageiros será dado exclusivamente no hotel Windsor, a Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

No hotel, na manhã desta terça, a informação é que 50 familiares de passageiros passaram a noite no local. Equipes médicas foram disponibilizadas para dar atendimento às famílias, mas não houve registro de atendimentos durante a madrugada. Um ônibus com mais parentes deve chegar ainda nesta manhã.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chega na manhã desta terça-feira no Rio de Janeiro. Ele desembarcará na Base Aérea do Galeão e seguirá para o Hotel Windsor, onde se encontrará com familiares dos passageiros e tripulantes.

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