segunda-feira, 22 de junho de 2009

Delegado pode indiciar por homicídio tia de menina de 4 anos morta

Ele aguarda a chegada do laudo cadavérico de Sophie Zanger, de 4 anos.
Mãe, que sofre de problemas mentais, vai prestar depoimento.

Alba Valéria Mendonça e Alícia Uchôa Do G1, no Rio

Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal 

Sophie morreu na última sexta-feira (19) (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)

O delegado Aguinaldo Ribeiro da Silva, da 36ª DP (Santa Cruz), aguarda o laudo cadavérico da menina Sophie Zanger, de 4 anos, que morreu na sexta-feira (19),  e o boletim do Hospital Adão Pereira Nunes, onde ela estava internada, para saber se vai mudar a linha de investigação do inquérito, de maus tratos para homicídio.

A tia da vítima, Giovanna dos Santos, é a principal suspeita. Ela estava com a guarda de Sophie e do irmão dela, um menino de 12 anos, desde que mãe das crianças, Maristela dos Santos – que segundo a família, sofre de problemas mentais - desapareceu.

Maristela foi encontrada pela polícia nesta segunda-feira (22).
Sophie e o irmão nasceram na Áustria, onde Maristela vivia com o marido, o empresário austríaco Sasha Zanger. Ela se separou dele em janeiro de 2008, e fugiu com os filhos para o Brasil.

No dia que Sophie foi internada, a tia teria dito que a menina tinha sofrido traumatismo craniano ao cair e bater a cabeça durante o banho. Mas profissionais do hospital observaram hematomas e outras marcas de maus tratos na criança.

'A verdade vai aparecer'

O cunhado de Maristela, o guarda municipal Sizenando Viana, compareceu à 36ª DP nesta tarde. Na ocasião, ele disse que a verdade aparecerá nos depoimentos. Ele negou que sua mulher, Giovana maltratasse as crianças.
“As crianças eram bem cuidadas. Ela (Sophie) caiu no banho e bateu a cabeça. A verdade vai aparecer. Não tenho mais nada a falar", disse.
O cônsul da Áustria, Peter Wass, que veio até a 36ª DP para acompanhar o depoimento do empresário austríaco Sasha Zanger, que está sendo aguardado para o final da tarde desta segunda-feira. Em entrevista ao G1, Sasha criticou a demora no processo brasileiro que devolve a guarda das crianças ao pai.
“Fico surpreso de como um cidadão austríaco não consegue a guarda de filhos austríacos, depois que a mãe ficou desaparecida por três meses. Na Áustria não existe dupla cidadania. Não posso me posicionar a respeito do caso, mas reconheço que este processo está muito demorado”, disse o cônsul, que há um ano e meio tenta ajudar Sasha a reaver os filhos.

Maristela dos Santos, encontrada nesta segunda, deverá prestar depoimento na 36ª DP também nesta tarde.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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