Quatro pessoas ficaram feridas em condomínio na Zona Norte.
Sete casas foram interditadas e três carros foram atingidos.
Do G1, no Rio
O condomínio onde um paredão de pedras desmoronou de uma pedreira desativada na tarde desta quinta-feira (18), foi intimado, em 1996, a executar uma obra de contenção na pedreira, segundo a Secretaria municipal de Obras. Nesta quinta, sete casas foram interditadas, depois de serem atingidas pelas pedras que se desprenderam e quatro pessoas ficaram feridas.
Segundo a secretaria, dois anos depois, o condomínio foi notificado a apresentar avaliação geológica e geotécnica de toda encosta.
Como não foram cumpridas, a secretaria realizou um procedimento considerado de praxe, enviando um “memorando de responsabilidade”, documento que ratificava a obrigação do condomínio.
De acordo com a secretaria, no caso de áreas particulares, as construções que ficam perto das pedreiras devem atender a duas regras de prevenção: criar áreas de segurança, ou seja, manter uma margem de segurança em relação à área edificante – o que foi feito no condomínio -, e providenciar obras de contenção, o que, segundo a Secretaria, não foi feito.
Técnicos da Geo-Rio, órgão da secretaria, fizeram uma vistoria preliminar no local nesta quinta. A área está isolada pela Defesa Civil e na sexta-feira (19) os geólogos vão iniciar estudo para saber causas e dimensão do deslizamento.
De acordo com os técnicos, nunca houve nenhum acidente geológico semelhante no Rio de Janeiro – cerca de 30 mil metros cúbicos de pedras vieram abaixo. Ainda não se sabe a causa do deslizamento.
De acordo com a avaliação técnica preliminar, uma obra de contenção não seria suficiente para o deslizamento. O paredão rochoso que deslizou tinha 50 metros de altura por 100 metros de extensão e escombros atingiram sete casas, que estão interditadas, mas ainda não se sabe se sofreram danos estruturais.
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