Extra
RIO - O comandante do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Marcus Jardim, quebrou uma tradição da polícia carioca de estimular o cidadão a usar o Disque-Denúncia para ajudar as autoridades no combate à violência.
Em entrevista ao "RJ-TV", da Rede Globo, o coronel disse que "O Disque-Denúncia não tem essa credibilidade". Ele atacou o serviço quando foi perguntado sobre um informe passado ao órgão, que acusava policiais do 22º BPM (Maré) de terem usado um caveirão para auxiliar traficantes a invadir a Vila dos Pinheiros, dominada por um bando rival ( vídeo: delegada fala sobre o confronto que resultou na morte de dois policiais na Maré ).
O oficial foi em direção contrária ao que prega a Secretaria de Segurança, que apoia o serviço.
'Desagradável'
A gerente do Disque-Denúncia, Adriana Nunes, preferiu não polemizar sobre o fato, e classificou apenas como "desagradável" o episódio, apesar de admitir não ter visto o programa com as declarações de Jardim.
- O importante é que o Disque-Denúncia sempre foi um canal para a população e tem a polícia como nossa parceira. E é essa população que acredita no serviço e se utiliza desse canal para colaborar com as ações policiais - afirmou ela.
Horas depois, ao ser questionado sobre sua declaração, o coronel Marcus Jardim disse que, na verdade, teve a intenção de explicar que não se pode dar credibilidade a uma informação enquanto a inteligência da polícia não naalisá-la para verificar seu fundamento:
- Aquilo é um dado onde a gente não conhece a idoneidade da fonte. É preciso investigar a história.
Para evitar novas polêmicas, o coronel afirmou que sempre solicita dados do Disque-Denúncia e orienta seus profissionais a perseguir, pesquisar e ir atrás das informações passadas pelo órgão.
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