quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sedativo teria afetado sistema nervoso de Michael Jackson quatro dias antes de sua morte, diz enfermeira do astro

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O Globo

SÃO PAULO - Por causa de uma persistente insônia nos últimos meses, Michael Jackson estava desesperado por fortes sedativos, apesar dos avisos que recebeu sobre os efeitos perigosos destes medicametos. Cherilyn Lee, enfermeira que prestava consultoria nutricional ao pop star, contou que negava com frequência pedidos do astro por uma drogra conhecida como Diprivan, informa o site "PerezHilton".

No dia 21 de junho, ela recebeu uma ligação da equipe de Jackson que a levou a suspeitar que o cantor havia conseguido a droga de outra maneira.

"Um funcionário de Michael me ligou muito nervoso e disse: 'Michael precisa vê-la imediatamente'. Eu respondi: 'O que há de errado?'. Conseguia ouvir Michael ao fundo, dizendo: 'Um parte do meu corpo está quente e outra parte está fria, muito fria'. Disse que ele precisava ir ao hospital. Sabia que alguém lhe havia dado algo que afetou seu sistema nervoso central. Ele não estava bem no domingo e chorou muito", contou a enfermeira.

Jackson não seguiu o conselho de Lee, não foi ao hospital e morreu quatro dias depois.

Apesar dos rumores de que Michael era dependente de remédios, Lee alega que o astro estava atormentado pela falta de sono e era contra o uso recreacional de drogas.

"Ele não queria ficar alto nem sedado. Não era uma pessoa viciada em drogas. Ele buscava ajuda desesperadamente, queria dormir, descansar. Não sei o que houve, mas posso afirmar que ele era íntegro em relação ao uso de drogas", insistiu Lee.

Diprivan, também conhecido como Propofol, é um anestésico intravenoso usado em operações para induzir à inconsciência. É uma droga que pode ser letal caso haja erro na dosagem, levando a pessoa a parar de respirar.

"Eu recebi uma injeção e dormi logo depois. Era o que queria", Lee diz que Michael contou. "Ele falou: 'eu não gosto de drogas, de nenhuma delas, mas meu médico disse que era seguro. Agiu rápido e foi seguro, com alguém me monitorando. Vai ficar tudo bem'.

Jackson não disse o nome do médico.

"Acho tão errado as pessoas dizerem coisas desse tipo sobre ele", disse Lee, que só tem elogios para Michael. "Ele foi maravilhoso, um pai dedicado que sempre quis o melhor para seus filhos".

Extra Online

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