quarta-feira, 1 de julho de 2009

Polícia vai indiciar motorista que atropelou estudante na Barra

Colegas da menina morta fizeram protesto contra a violência.
Mãe diz que adolescente não tinha altura para entrar pela janela.

DO G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

O motorista do ônibus envolvido no acidente que resultou na morte da estudante Luana Macedo, de 12 anos, vai ser indiciado pela polícia, segundo o delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 16ª DP (Barra). No entanto, ele não especificou o tipo de crime no qual o suspeito será indiciado.

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“Ele arrancou com o ônibus lesionando a menina profundamente. A intolerância e negligência fizeram com que ele fechasse a porta ocasionando a morte de uma estudante de 12 anos de idade. Ele está sendo indiciado, com base nas testemunhas, e vamos encaminhar à Justiça para que ele seja exemplarmente punido”, afirmou o delegado nesta quarta (1º). Se for condenado, o motorista pode pegar até quatro anos de prisão.

Protesto

Pelo menos cem alunos do Colégio Frederico Trotta, onde estudava a adolescente, fizeram um protesto, na tarde de quarta-feira no ponto do ônibus da Avenida das Américas, na Zona Oeste, onde a menina morreu atropelada quando estaria tentando embarcar no coletivo. A manifestação não chegou a afetar o trânsito.

De acordo com testemunhas, na tarde de terça-feira (30), Luana, por ter sido a última a tentar entrar no ônibus lotado, ficou com a mochila presa na porta e foi arrastada por cerca de dez metros.
O motorista só teria parado o veículo depois que as pessoas começaram a gritar no ponto e de dentro do coletivo, para chamar a atenção. Colegas da menina rebatem a declaração do motorista, que teria dito que a estudante, com 1, 50 metro de altura, tentou entrar pela janela do ônibus.
“Disseram que ela tentou subir a janela. Isso é mentira. Minha filha era muito pequena e não alcançaria. Agora, eu só espero justiça”, desabafou, em prantos, a mãe de Luana, a empregada doméstica Marli Macedo.

Fetranspor defende motorista

A Viação Pégaso, responsável pela linha S-20, Carioca-Recreio, disse que “os ônibus da empresa possuem um dispositivo para que não arranquem com as portas abertas”. O diretor de marketing da Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), João Augusto Monteiro, também defendeu o motorista.
“Lamento profundamente essa fatalidade. Mas a empresa entende, e é também o nosso entendimento, que o motorista não é responsável por isso. O ônibus só dá partida com a porta fechada. Parece que foi constatado que esse dispositivo estava funcionando perfeitamente”, disse.
Sobre a hipótese descartada pela mãe e amigos da menina, de que a estudante não teria altura para alcançar a janela do coletivo, João Augusto disse que é preciso aguardar a investigação. “É difícil entender o que de fato aconteceu. É preciso esperar a apuração final. Mas existem outros fatores. Naquele ponto as crianças entram em bando pela porta traseira. Isso pode gerar acidentes. O local também é escuro. Temos que apurar”, justificou.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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