quinta-feira, 2 de julho de 2009

Na contabilidade do tráfico da Mangueira, crack é 'Ronaldo'

Chevette Preso

Chevette com o material apreendido em sua casa. Foto: Fábio Guimarães / Extra 

Uma análise preliminar da contabilidade do tráfico da Mangueira, apreendida nesta terça-feira com Vinicius de Lima Pereira, o Chevette, revela que o bando registrava, em um balanço semanal, todo o lucro com a venda de ecstasy, maconha e cocaína, além dos pagamentos de propinas para os maus policiais. O caderno de Chevette também mostra que os bandidos usavam apelidos para as drogas. Para identificar a venda de crack, por exemplo, o bando usou o nome “Ronaldo”. “Falando sobre o Ronaldo, chegou (sic) essa semana mais sete quilos e meio”, dizia um trecho das anotações.
Na mesma folha, o responsável pelo balanço informava ter disponível para venda 20.450 comprimidos de ecstasy. Nos dias 20, 21, 22 e 24 de fevereiro, a contabilidade registrou pequenas retiradas, em valores que variavam de R$ 100 a R$ 620.
Ao lado das quantias, foi anotada a palavra arrego, indicando o pagamento de propina. Não havia, porém, identificação de quem recebeu o dinheiro. Numa das anotações, um bandido revela ter misturado cocaína com outros produtos, dando um lucro para o tráfico de R$ 51 mil.
O bando também detalhou na contabilidade a quantidade de armas perdidas em operações policiais. Segundo as anotações, pelo menos cinco fuzis de traficantes da Mangueira teriam sido apreendidos nos últimos meses.

Caso de Polícia - Extra Online

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