Brasília - A falta de consenso sobre quem irá presidir o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado impediu que o órgão fosse instalado nesta terça-feira, conforme haviam combinado oposição e governistas.
Prevista para acontecer tão logo a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras fosse instalada, a sessão em que o presidente do órgão seria escolhido sequer teve início, já que os senadores governistas não compareceram à reunião. Nem mesmo o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), que presidiria interinamente a votação por ser o parlamentar mais idoso, compareceu.
Após quase duas horas aguardando, restou à oposição ameaçar obstruir a votação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para 2010. O Congresso está impedido de dar início ao recesso parlamentar de meio de ano, previsto para sexta-eira (17), enquanto a LDO não for votada.
“Se o Conselho de Ética não for instalado, não haverá votação da LDO”, declarou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), para quem os governistas temem que a escolha de um senador oposicionista para a presidência do conselho pode levar a uma apuração rigorosa das denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Candidato da oposição, o nome do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) sofre resistência da base governista. A jornalistas, Valadares afirmou que não abrirá mão de sua candidatura.
Esta tarde, o plenário do Senado aprovou os nomes dos parlamentares que irão compor o conselho, responsável por zelar para que os senadores cumpram o Código de Ética e Decoro Parlamentar e o Regimento Interno do Senado. Os nomes foram indicados pelos líderes de cada partido.
As informações são da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário