Família está inconsolável e quer que motorista de ônibus seja preso
Rio - Cerca de 50 pessoas acompanharam o enterro da estudante Luana da Silva Macedo, 12 anos, na manhã desta quinta-feira, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Norte.
Mãe de Luana se emociona na despedida da filha | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Ela morreru terça-feira à tarde ao ser atropelada pelo ônibus da linha S20 (Barra-Recreio), na Avenida das América, Barra da Tijuca, Zona Oeste. Amigos da jovem garantem que o motorista Ronaldo Marinho Loura, 31 anos, deu a partida no coletivo com Luana presa à porta. Já o condutor afirma que ela tentou subir pela janela. O delegado da 16ª DP (Barra), Carlos Augusto Nogueira, não acredita na versão defendida pela viação: “Houve negligência por parte do motorista. Ele tem de ser punido exemplarmente”. Ronaldo já foi indiciado por homicídio culposo.
Consolada pelo marido, o porteiro Manoel Macedo, 40 anos, e pelo filho, Leandro, 17 anos, a mãe de Luana, Marli da Silva Macedo, 37 anos, não se conforma. “Não acredito que perdi minha princesinha. Ela já reclamava da dificuldade de pegar ônibus, dizendo que os motoristas sempre a impediam de entrar pela frente”, disse Marli, aos prantos. "Eu quero justiça. Quero que o motorista fique preso", concluiu o pai da vítima.
Nesta quarta-feira à tarde, 100 alunos da Escola Municipal Frederico Trotta, onde Luana estudava, protestaram na Avenida das Américas. Exaltados, os estudantes deram pontapés nos ônibus da Pégaso. Eles denunciaram que mesmo portando o Riocard e uniformizados, como Luana estava, os motoristas sempre os mandam entrar pela porta traseira, o que é ilegal. A empresa avisou que não vai afastar Ronaldo. A Fetranspor considerou o casou uma fatalidade.
A direção da escola enviou vários ofícios, em vão, à Guarda Municipal pedindo reforço no controle do trânsito. A corporação informou que vai verificar a informação e analisar os pedidos.
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