quinta-feira, 2 de julho de 2009

AF 447 caiu inteiro e de barriga no mar, diz BEA

Tragedia com Airbus da Air France 

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Rio - O relatório do Escritório de Pesquisa e Análise da França (BEA) sobre o acidente com o voo AF 447, que caiu no Oceano Atlântico no início de junho, aponta que a aeronave não se partiu no ar e caiu inteiro e de barriga no mar. Segundo o órgão investigador, a aeronave tocou a água com a parte inferior da fuselagem, em uma velocidade muito alta.
A divulgação do relatório foi feita nesta quinta-feira. As investigações também apontaram que, pelo fato de nenhum colete salva-vidas ter sido encontrado inflado, é possível que os passageiros não tivessem sido preparados para uma aterrissagem no mar.
Segundo um dos representantes do BEA, as investigações não foram encerradas e continuam em todas as áreas. "É uma investigação difícil, nós não temos os gravadores de voo, não temos a aeronave e não temos testemunhas", disse.
Em relação à busca pelas caixas-pretas, o representante informou que elas não serão encerradas e que o órgão investigador ainda tem esperanças de encontrá-las.
Falta de comunicação
De acordo com o BEA, o controle aéreo brasileiro não repassou ao centro de controle do espaço aéreo de Dakar, no Senegal, o plano de voo do Airbus. A aeronave ingressaria no espaço aéreo senegalês às 23h20 do dia 31 de maio.
As autoridades do órgão francês informaram que o repasse do plano de voo é feito de um organismo de controle aéreo para outro. No caso do voo AF 447, esse procedimento teria sido "esquecido". "Isso provavelmente foi esquecido no encaminhamento que deveria ter sido feito pelo órgão de controle brasileiro", afirmou um dos representantes do BEA.
Segundo ele, no entanto, o fato de o controle brasileiro não ter repassado as informações de voo não caracteriza negligência, pois o controlador de Dakar redigiu manualmente a informação de velocidade e de hora estimada em que o avião entraria no espaço aéreo senegalês, chamado ponto Tasil.
O tenente-coronel Henry Munhoz, responsável pelo departamento de comunicação da FAB, informou ao Terra que o plano de vôo foi informado em sua totalidade ao centro de controle de Dakar. "Além disso, a BEA deixou claro que o controle de tráfego aéreo não contribuiu para a ocorrência do acidente", disse Munhoz. A FAB informou que irá se pronunciar oficialmente em nota sobre as declarações da BEA.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).
No total, foram achados 51 corpos e mais de 600 partes do Airbus A330 da companhia francesa.
As informações são do Terra

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