segunda-feira, 20 de julho de 2009

Suspeita de gripe suína em grávidas

Parentes de mulher e bebê que morreram em clínica de Bangu foram examinados. Em maternidade da Z. Norte, duas pacientes estão isoladas

Christina Nascimento e Flávia Salme

Rio - Uma grávida e uma outra mulher que acabou de dar à luz estão isoladas num quarto da Maternidade Municipal Fernando Magalhães, em São Cristóvão, suspeitas de gripe suína. Elas já tiraram sangue aguardam o resultado do exame. A informação veio à tona 48 horas após a morte da vendedora Aldinete Pereira de Lima, 29 anos, grávida de 7 meses, e do bebê que esperava. A Secretaria municipal de Saúde já considera a hipótese de que ela e seu filho tenham sido vítimas da doença. Ontem, familiares da vendedora estiveram no Hospital de Saracuruna, em Caxias, passando por exames para verificar se também contraíram o vírus H1N1.

Em São Gonçalo, onde já são quatro os casos confirmados da doença, a secretaria municipal de Saúde seguiu o exemplo de Niterói e alertou a população para evitar lugares fechados, como cinemas e teatros. No sábado, em evento da Prefeitura, foram distribuídas máscaras para manicures.

Na maternidade de São Cristóvão, há um cartaz alertando sobre a epidemia. As duas mulheres com suspeitas, segundo funcionários, apresentam os sintomas da gripe.

Aldinete morreu sexta-feira após duas paradas cardiorrespiratórias na clínica particular Prosaúde, em Bangu, onde esperou horas pelo atendimento. Semana passada, procurou duas vezes o Hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo, gripada, com fortes dores e febres mas não foi internada. O superintendente de unidades da Rede Própria da Secretaria estadual de Saúde, Luiz Maurício Plotkwoski, informou que será aberta sindicância para apurar a conduta de quem atendeu a paciente. Ela era hipertensa e fazia o pré-natal na unidade do estado.

Se a doença for confirmada, será a terceira morte no Rio provocada pelo vírus H1N1, já que o bebê também morreu. Ontem, o diretor médico da clínica Prosaúde, Hélio Primo, informou que o Instituto Médico-Legal coletou material dos corpos para confirmar o diagnóstico da doença. A clínica havia descartado essa hipótese quando a atendeu.

“Ela ficou uma semana com esses sintomas, mas só mandavam a gente voltar para casa”, conta o viúvo, o comerciante Francisco Rodrigues da Cruz. Ele afirma que em nenhum momento trataram-na como um caso suspeito de gripe suína. “É muita humilhação. No Hospital Albert Schweitzer os médicos diziam que ela só seria internada se estivesse com braço e perna quebrados. Foi um descaso.Eles mataram a minha mulher”, desabafou.

Magé já tem varios casos suspeitos aguardando resultados de confirmação de positivo para a nova gripe,no distrito de Praia de Mauá o PSF local teve um aumento de cerca de 50% de procura por atendimento para o período.

O DIA ONLINE

Nenhum comentário: