segunda-feira, 13 de julho de 2009

Presa em flagrante, mãe cai em desespero ao saber da morte da filha

Polícia tem imagens da queda da menina do quinto andar.
Casal deixou criança dormindo e voltou para festa julina.

Do G1, com informações do Fantástico

 

A polícia está examinando as imagens do circuito interno de TV do condomínio do bairro de Tomás Coelho, no Rio, onde a menina Rita de Cássia, de 5 anos, morreu ao cair do quinto andar de um prédio. Os pais ficaram emocionados, entraram em desespero, mas serão processados.

O delegado Marco Antonio de Castro, da 25ª. DP (Engenho Novo), admitiu que a queda foi uma fatalidade, mas determinou a prisão em flagrante do casal.

“Realmente foi uma fatalidade, mas os elementos encontrados no local, bem como o auxílio da perícia, já são fortes os indícios de que a menor se encontrava sozinha dentro de casa, vindo a ser vitimada, caindo da janela da área de serviço”, disse o delegado da 25ª. DP.  

Vídeo mostra minutos antes da queda

O casal deverá ser enquadrado no crime de abandono de incapaz, seguido de morte. Se a denúncia do delegado for aceita, eles estarão sujeitos à pena de prisão de 4 a 12 anos de prisão. 
A mãe, que foi atendida no Hospital Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte, para onde a criança morta também foi levada, ficou desesperada:
“Eu não matei minha menina, não. Pelo amor de Deus, eu não matei minha filha. Eu amo de paixão. A minha Rita. Eu não matei minha filha, não, doutora”.

As imagens do circuito de TV do condomínio, que estão sendo analisadas pela polícia, mostram a menina vestida de caipira entrando na festa às 22h39.
Ao relembrar o caso, a mãe disse: “Ontem (sábado) chovia, a Rita pediu: mãe, estou com sono. Falei: mamãe já vai subir com você.
Segundo a mãe, ela deixou a menina dormindo e desceu às 23h04 para chamar a outra filha no pátio. Treze minutos depois, objetos, como um cobertor e a mochila da criança, são jogados pela janela.
Cinco minutos depois, a mãe volta ao apartamento. Ela entra no elevador às

23h 23. A câmera registra a queda 38 segundos depois.
A mãe de Rita conta que encontrou a cama da menina intacta e a luz acesa: “Falei: Gilson, roubaram a Rita, ai meu Deus". 
O pai da menina está detido na Polinter de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A mãe foi levada para a carceragem de Mesquita, também na Baixada.

Sem tela de proteção há meses

A polícia constatou que a tela de proteção da janela tem um buraco e apurou ainda que ela estava danificada há meses, desde que uma empregada doméstica tinha encostado um ferro quente no náilon.

A versão da polícia para o caso começa com mãe, pai e filha participando de uma "festa julina", no sábado (11) à noite, na área de lazer do prédio. Quando Rita dormiu, a mãe teria ido ao apartamento e deixado a criança sozinha.
Mais tarde, a câmera de segurança do prédio mostrou brinquedos sendo jogados pela janela - inclusive uma tesoura. Segundo a polícia, depois de tentar chamar a atenção, a criança teria subido num banco, se debruçado na janela e caído de uma altura de 25 metros.

Um tio da Rita de Cássia disse que a família tem consciência de que a lei precisa ser acatada, mas se mostrou preocupado com o enterro do corpo:
“São leis que temos que acatar, leis brasileiras, estamos com advogado, estamos tentando tirar dessa condição para que a gente possa seguir os trâmites normais, para ter o enterro da minha sobrinha”, lamentou.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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