sábado, 4 de julho de 2009

Moradores protestam 1 semana após acidente que matou 6 pessoas

Sexta vítima morreu na última quinta-feira (2 de julho).
Motorista não tinha registro de carteira de habilitação, diz Detran.

Carolina Lauriano Do G1, no Rio

Foto: Reprodução/TV Globo

Parentes e vizinhos dos 6 mortos em acidente em Bangu fazem protesto (Foto: Reprodução/TV Globo)

Uma semana depois do acidente que terminou com a morte de seis pessoas atropeladas em Bangu, na Zona Oeste do Rio, moradores fizeram um protesto na manhã deste sábado (4).

Eles pedem punição para o motorista do carro, que pagou fiança de R$ 1.200 e está solto, e também querem maior fiscalização no trânsito e sinalização na região.

De acordo com moradores do bairro, um carro invadiu o local em alta velocidade, atropelou sete pessoas, bateu em outro veículo e, em seguida, derrubou um poste. O acidente foi durante uma festa junina na esquina da Avenida Santa Cruz com a Rua Tibagi. Entre as vítimas estão duas pessoas de uma mesma família - avô e neto - além de um bebê de nove meses.
Alberto Ribeiro, que perdeu o pai e o filho na tragédia, desabafou: “A delegada liberou o motorista em menos de duas horas, sem fazer o teste do bafômetro, sendo que várias pessoas disseram que ele estava alcoolizado. A gente só quer que isso seja esclarecido”.

Segundo os moradores, mais de cem pessoas se reuniram no centro de Bangu, vestindo camisetas com os nomes das vítimas. O protesto começou as 9h, na praça da Beira-Rio. Os manifestantes caminharam até o local do acidente, com carro de som e faixas, e depois seguiram para a Praça da Fé, em frente à Igreja Santa Cecília, no centro de Bangu.
Clécia Regina Rose, madrinha da menina de 9 meses que morreu no acidente, estava revoltada: “Na hora eu só escutei um estrondo muito forte, não houve freada. Eu tinha ido ao banheiro e quando voltei vi os corpos no chão. Aparentemente o motorista estava embriagado, mas é preciso conferir, o que não foi feito. Nós estávamos mais preocupados com as vítimas, esperávamos que a polícia fosse investigar sobre o motorista”.

Segundo a polícia, a lei prevê que o motorista do carro responda em liberdade por lesão corporal e homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Na quarta-feira (1º), o Detran informou que não há registro da carteira de habilitação do motorista. No entanto, no sábado (27), ele disse, na delegacia, que sua carteira de habilitação estava vencida há dois anos.

Morre sexta vítima em hospital

A sexta vítima morreu na madrugada de quinta-feira (2). Aírton Ferreira Macedo estava internado no Hospital Albert Sshweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. As informações são da Secretaria estadual de Saúde.

Rodrigo Pereira de Jesus, de 16 anos, que também estava internado no Hospital Albert Schweitzer, recebeu alta.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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