sábado, 4 de julho de 2009

Conselho de Defesa da Criança quer Conselho Tutelar no caso Sean

Cedca acredita que menino precisa ser ouvido.
Sean estaria sendo prejudicado na integridade psicossocial.

Do G1, no Rio

O caso do menino Sean Goldman, cuja guarda é disputada por seu pai, David Goldman, e por seu padrasto, o advogado João Paulo Lins e Silva, pode sofrer intervenção do Conselho Tutelar da Zona Sul. A solicitação partiu do presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedca), Carlos Nicodemos.

Ele acredita que Sean, que tem nove anos, esteja sendo prejudicado em relação à integridade psicossocial devido a atual condução do caso:
"Essa disputa judicial tem levantado vários interesses, menos os interesses do menino. De acordo com a lei, ele deveria ser ouvido de maneira isenta, mas não é o que está acontecendo. O Sean não está sendo respeitado, por isso é preciso que o Conselho Tutelar intervenha para redirecionar o caso", afirmou Nicodemos.
Além disso, o Cedca também pede retirada da entrevista de Sean de sites na internet, por entender que as publicações online expõem demais a criança.

O Conselho Tutelar vai analisar o caso até a próxima segunda-feira (6).

Relembre o caso

Sean mora no Brasil há quase cinco anos, quando veio dos Estados Unidos com a mãe. Já no Brasil, Bruna se separou de David e se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva. Em 2008, após a morte de Bruna, o padrasto ficou com a guarda provisória da criança. David Goldman, no entanto, entrou na Justiça e pede o retorno da criança aos Estados Unidos.
Desde então, pai e padrasto travam uma batalha jurídica pela guarda do menino. O caso começou na Justiça estadual do Rio e depois passou para a competência federal.
O litígio pela custódia de Sean chegou a ser tratado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a visita oficial dele a Washington em março passado, quando se encontrou com seu colega dos Estados Unidos, Barack Obama.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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