Cedca acredita que menino precisa ser ouvido.
Sean estaria sendo prejudicado na integridade psicossocial.
Do G1, no Rio
O caso do menino Sean Goldman, cuja guarda é disputada por seu pai, David Goldman, e por seu padrasto, o advogado João Paulo Lins e Silva, pode sofrer intervenção do Conselho Tutelar da Zona Sul. A solicitação partiu do presidente do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedca), Carlos Nicodemos.
Ele acredita que Sean, que tem nove anos, esteja sendo prejudicado em relação à integridade psicossocial devido a atual condução do caso:
"Essa disputa judicial tem levantado vários interesses, menos os interesses do menino. De acordo com a lei, ele deveria ser ouvido de maneira isenta, mas não é o que está acontecendo. O Sean não está sendo respeitado, por isso é preciso que o Conselho Tutelar intervenha para redirecionar o caso", afirmou Nicodemos.
Além disso, o Cedca também pede retirada da entrevista de Sean de sites na internet, por entender que as publicações online expõem demais a criança.
O Conselho Tutelar vai analisar o caso até a próxima segunda-feira (6).
Relembre o caso
Sean mora no Brasil há quase cinco anos, quando veio dos Estados Unidos com a mãe. Já no Brasil, Bruna se separou de David e se casou com o advogado João Paulo Lins e Silva. Em 2008, após a morte de Bruna, o padrasto ficou com a guarda provisória da criança. David Goldman, no entanto, entrou na Justiça e pede o retorno da criança aos Estados Unidos.
Desde então, pai e padrasto travam uma batalha jurídica pela guarda do menino. O caso começou na Justiça estadual do Rio e depois passou para a competência federal.
O litígio pela custódia de Sean chegou a ser tratado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a visita oficial dele a Washington em março passado, quando se encontrou com seu colega dos Estados Unidos, Barack Obama.
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