segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ex-seguranças do milionário da Mega-Sena vão a júri popular nesta segunda

Eles são acusados de atirar contra Renê Senna.
De acordo com MP, o crime foi encomendado pela viúva do milionário.

Do G1, no Rio

Foto: Alícia Uchôa / G1

A viúva do caso da chega para prestar depoimento em fevereiro de 2009. (Foto: Alícia Uchôa / G1)

O julgamento de dois ex-seguranças do milionário Renê Senna, assassinado em 7 de janeiro de 2007 será nesta segunda (6), a partir das 9h, no Tribunal do Júri do Fórum de Rio Bonito.
O ex-PM Anderson Silva de Sousa e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira são acusados de serem os autores dos disparos e serão os primeiros a irem a júri popular.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi encomendado pela viúva do milionário, Adriana Ferreira Almeida, e teria envolvido mais três pessoas: o cabo da Polícia Militar Marco Antônio Vicente, o sargento Ronaldo Amaral de Oliveira e a professora de educação física Janaína Silva de Oliveira, mulher de Anderson. Os três, porém, entraram com recursos e ainda não têm data prevista para serem julgados.

Viúva já foi ouvida

Dois anos depois do assassinato do milionário, a Justiça decidiu ouvir novamente os seis réus do processo, em um novo interrogatório. Em fevereiro de 2009, Adriana Almeida, viúva milionário da Mega-Sena Renné Senna, prestou depoimento à Justiça, no fórum de Rio Bonito, na Região das Baixadas Litorâneas. Segundo o advogado de Adriana, Jackson Costa Rodrigues, ela estava tranquila e respondeu a todas as questões.

Como foi o crime

Renné Senna, ex-trabalhador rural, ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2005. De acordo com as investigações, Adriana Almeida, viúva do milionário, seria a mandante do assassinato e teria contratado ex-seguranças para matar o marido. Renné foi assassinado a tiros em janeiro de 2007 na porta de um bar em Rio Bonito, Baixada Litorânea do Rio.

Segundo o delegado Ricardo Barbosa, as investigações apontam o ex-segurança Ednei Gonçalves Pereira como a pessoa que guiava a moto usada pelo assassino, e os policiais Ronaldo Amaral Oliveira e Marco Antonio Vicente como responsáveis por dar apoio aos criminosos em um carro. Janaína Oliveira Silva, mulher de Anderson Sousa e amiga de Adriana, teria ajudado no crime.
De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado pelo medo da viúva de perder os 50% da fortuna do milionário. Quatro dias antes do crime, Renné, em consulta habitual ao gerente do banco, descobriu que Adriana havia sacado R$ 300 mil da conta conjunta do casal para comprar uma cobertura em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio. Durante as investigações, policiais chegaram até o motorista de van Robson de Andrade Oliveira, que admitiu ser amante de Adriana, além de informar que a ex-cabeleireira planejava ir morar com ele na tal cobertura.

G1 > Edição Rio de Janeiro

Nenhum comentário: