sábado, 4 de julho de 2009

Contadora baleada em ônibus pediu para que a mantivessem viva pela filha

Marcelo Dias - Extra

Bruno Lemos, suspeito de ter atirado em Adriana - Foto: Divulgação

RIO - "Não me deixem morrer, eu ainda tenho uma filha para criar". Em meio à dor do tiro que lhe tiraria a vida em alguns instantes, a contadora Adriana Almeida de Oliveira, de 34 anos, ainda encontrou forças para fazer um pedido emocionado pela sua família. Adriana voltava de uma entrevista de emprego no Centro, quando foi morta em um assalto no ônibus em que viajava, na quarta-feira, em Honório Gurgel.

Desempregada havia três meses, ela levava a esperança de voltar a trabalhar e ajudar o marido, um cabo do Corpo de Bombeiros, a concluir as obras da casa que dividia com os pais, em Honório Gurgel. O sonho se encerrou ali perto. Adriana morreu na mesa de cirurgia do Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes.

- Ela trabalhava numa escola de Jacarepaguá quando ficou desempregada. O assalto aconteceu dois pontos antes de ela descer e chegar em casa - contou o cunhado da contadora, Alexander Ribeiro Lopes.

Um dos suspeitos de participar do crime, Bruno Adriano Lemos da Silva, de 19 anos, teria atirado em Adriana por causa de um radiotransmissor, um MP4 e uma bolsa com R$ 20,20. Segundo testemunhas, Bruno disparou três vezes.

A arma falhou

A arma falhou nas duas primeiras. Na terceira, a bala perfurou um rim, o fígado e o estômago da contadora. Bruno está preso. Seu comparsa, já identificado pela 40ª DP, fugiu.

- Ela voltava da entrevista e já ia descer. O assalto foi perto do 9 BPM e de uma loja de autopeças onde vários PMs fazem compras. Um deles, do 14 BPM, prendeu esse garoto. A caminho do hospital, ela pediu para que não a deixassem morrer por causa da filha - disse Alexander.

Adriana tinha uma filha de 9 anos. Há três, oficializou o casamento com o cabo do Corpo de Bombeiros.

Extra Online

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