segunda-feira, 20 de julho de 2009

Adolescente morre após passar por 4 hospitais no Rio

Ele deu entrada nas unidades com dor nas costas.
Atestado de óbito aponta morte por causa indeterminada.

Do G1, no Rio, com informações do Bom Dia Rio

 

Um adolescente de 13 anos morreu depois de ser atendido em quatro locais diferentes no Rio com dor nas costas. Em nenhuma das unidades de saúde os médicos conseguiram diagnosticar o que ele tinha, e mesmo depois da morte o mistério continua.

Indignada no velório do sobrinho, Jaqueline Vieira Ferreira segura as caixas dos remédios que Ruan tomou durante 5 dias. Ela contou que o primeiro foi receitado no Hospital estadual Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste, onde o menino deu entrada na segunda-feira (13) passada com dor nas costas.
De acordo com a família, na unidade, o médico pediu um Raio-X, disse que era uma dor lombar e mandou o mandou para casa.
Na terça-feira (14), Ruan continuava com dor e foi levado a uma clínica particular. Segundo a tia, nada de grave foi diagnosticado e a mãe precisou comprar mais um medicamento.
Na quarta-feira (15), o menino foi atendido em um hospital particular que tem convênio com o SUS, em Sepetiba, na Zona Oeste. O médico também prescreveu remédio para dor e o liberou, informou a tia.
Na sexta-feira (17), às 19h, a família de Ruan procurou a emergência do Hospital estadual Pedro II, em Santa Cruz, também na Zona Oeste. Ele foi internado. Por volta das 22h teve uma parada cardiorrespiratória e morreu pouco depois, na madrugada do sábado (18).
O primo do menino, Alexandre Carreira, fala que o médico não soube explicar a causa da morte. A família então levou o corpo para o Instituto Médico Legal.
“O corpo foi para o IML, mas chegou lá o IML recusou. O legista falou que não poderia dar o laudo porque ele morreu num hospital e não foi morte de acidente, uma morte de facada”, explica.
No atestado de óbito, a causa da morte aparece como indeterminada. Ruan Carlos da Silva Ferreira, de 13 anos, foi enterrado na tarde de domingo (19) no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste.
A mãe estava inconformada. Já a tia do menino, Jaqueline, não se conteve e desabafou: “Ele morreu de que? De nada? Então tem uma doença nada no nosso país. Nada?”, falou.
A Secretaria estadual de Saúde, responsável pelo Hospital Pedro II, informou que não vai se pronunciar até falar com o médico que assinou o atestado de óbito e analisar o prontuário de Ruan. Segundo a assessoria de imprensa, não foi possível fazer isso no domingo porque não é dia útil.
Já o diretor do IML de Campo Grande, Gilberto de Oliveira Lima, informou que o Instituto só faz necropsia em vítimas de violência e por isso, segundo ele, o corpo de Ruan teve que voltar para o hospital.

G1 > Edição Rio de Janeiro

2 comentários:

Anônimo disse...

É o Ruan era Meu Amigo e a Justiça Deve Ser Feita pq o Rio ta Um Descasso Total Com a Saude...

Anônimo disse...

É o Ruan era Meu Amigo e a Justiça Deve Ser Feita pq o Rio ta Um Descasso Total Com a Saude...