Outros três bandidos foram detidos quando tentavam extorquir motoristas de van
Batman no dia em foi preso
Rio - Inspetores da Polícia Civil prenderam, nesta quinta-feira, um miliciano que seria o braço direito de Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, e outros dois bandidos, em Cosmos, Zona Oeste do Rio.
Um homem, identificado pela Polícia Civil como Ricardo Gildaves de Souza, de 32 anos, estava em casa no momento da prisão e foi levado para a DH-Oeste, Delegacia de Homicídios, localizada em Campo Grande, também na Zona Oeste. Ele seria o homem de confiança de Batman.
Ricardo Gildaves foi pego em casa. Ele era procurado desde o início da Operação Têmis, deflagrada na Zona Oeste para cumprir 65 mandados de prisão e, desta forma, desarticular a milícia que atua na região.
Os outros dois milicianos foram detidos quando tentavam extorquir motoristas de van, que se recusavam a pagar R$ 50 de propina.
Batman acusa PM em depoimento à Justiça
Nesta quarta-feira, Batman revelou que a residência onde estava escondido, na Favela do Golveia, próximo a Cosmos, na Zona Oeste, é de um PM do Regimento de Polícia Montada de Campo Grande. A acusação foi feita durante audiência de instrução e julgamento de um processo onde ele é acusado por receptação, porte, posse e transporte ilegal de armas. Batman é acusado de integrar a Liga da Justiça, milícia que atua na Zona Oeste.
Segundo Batman, seriam também do PM as armas encontradas na casa, que ele alegou desconhecer. Foram achados dois fuzis 7.62, duas pistolas 9 mm e outra 45, granadas e mais de 20 carregadores.
Policial militar de 1987 a 91, Batman foi excluído da corporação por indisciplina. Prestaram depoimento ainda dois delegados, um inspetor, integrantes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e a mulher do acusado, Elaine dos Santos. Ela afirmou que não viu armas apreendidas.
“Fiquei nervosa e chorei muito. Não vi nada e não sabia da de arma alguma”, disse Elaine, que vive há 17 anos com Batman, com quem é casada há cinco.
Batman responde ainda por extorsão e formação de quadrilha. O juiz deu prazo de cinco dias para a defesa se manifestar
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