quinta-feira, 2 de julho de 2009

Motorista de van acidentada pede perdão às famílias

Carlos Alberto Rodrigues de Souza conseguiu liberdade provisória.
Enterros de vítimas aconteceram nesta quinta (2).

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

O motorista Carlos Alberto Rodrigues de Souza, 57 anos, que dirigia a van que sofreu um acidente na quarta-feira (1º), na Linha Vermelha, pediu perdão ás famílias das vítimas nesta quinta-feira (2).

O motorista ressaltou que não foi imprudente. Ele foi autuado por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar - e lesão corporal.
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"Não houve imprudência minha. Foi exatamente como eu contei. O ônibus fez correto e eu fiz correto. Só que o de trás se antecipou. Eu me assustei e puxei para dentro, para tirar dele, para não bater nele. Quando eu olhei já estava em cima do reboque", disse.

No início da tarde de quarta, a van escolar bateu num reboque que estava parado na pista sentido Baixada Fluminense. Com a colisão, o veículo capotou e ficou destruído. Quatro crianças morreram e outras seis ficaram feridas.

O motorista contou que transportava estudantes há oito anos. Em depoimento, Carlos Alberto alegou que dirigia a 40km/h, quando foi fechado por um ônibus. Em seguida, ele afirmou que viu o reboque muito rapidamente e não conseguiu frear, provocando o acidente.
No dia 9 de junho, segundo o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran/RJ), o motorista já tinha recebido uma multa por transporte escolar ilegal. Na delegacia, ele contou que a van que ele dirigia não era legalizada por causa de burocracias e por falta de dinheiro.
“Ele disse que vinha só a 40 (km/h). Um motorista que vinha a 40, é uma alegação infundada até porque não teria feito esse estrago que ele fez, com essa morte trágica dessas crianças”, disse a delegada Leila Goulart, da 37ª DP (Ilha do Governador), que investiga o caso.

Carlos Alberto foi preso na noite de quarta-feira logo após deixar o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio. No entanto, o advogado do motorista, André Luiz Madeira de Carvalho, entrou com um recurso e ele foi solto na tarde desta quinta. Carlos vai responder ao processo em liberdade. Se for condenado, ele pode pegar de dois a quatro anos de prisão.

Transporte escolar

Segundo a Secretaria municipal de Transportes, quase mil veículos estão autorizados a fazer transporte escolar no município do Rio de Janeiro. Mas o Sindicato das Empresas de Transportes Escolares diz que para cada veículo legalizado existem três piratas. A prefeitura afirma que tem enfrentado o problema com rigor.
“Nós temos uma série de equipes operando em vários lugares da cidade. Já apreendemos várias vans, multamos outras tantas, lacramos uma quantidade grande também”, disse o secretário da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem.

Estado de saúde dos feridos

Além das quatro crianças que morreram no acidente, outras seis ficaram feridas. Mateus Couto Telles, 8 anos, irmão de André Lucas, permanece internado no CTI pediátrico do Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul.  

Segundo a Secretaria municipal de Saúde, seu estado de saúde é grave e ele corre risco de morte. Mateus respira com auxílio de aparelhos e teve traumatismo craniano e pelo corpo. Na quarta-feira (1º), ele passou por uma cirurgia no fêmur direito. A princípio, Mateus não precisará de cirurgia no crânio.

Três crianças foram levadas na quarta para o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Ainda de acordo com a Secretaria estadual de Saúde, Maria Clara Soares de Oliveira, de 7 anos, foi transferida para o Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana.

Pedro Henrique dos Santos Silva, de 10 anos, tem quadro estável, continua internado na emergência pediátrica, mas será transferido para clínica pediátrica.
Já a menina Raíssa Almeida Teles, teve melhora no quadro clínico. Ela está em observação na emergência pediátrica, mas também será transferida para clínica pediátrica.

Duas crianças que tinham sido levadas para o Hospital Getúlio Vargas (HGV), na Penha, tiveram alta, segundo a Secretaria estadual de Saúde.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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