sábado, 9 de maio de 2009

Minc participa de marcha pela legalização da maconha no Rio

Ministro do Meio Ambiente foi ovacionado após discurso na orla carioca.
Evento realizado em diversas partes do mundo está na décima edição.

Patrícia Kappen Do G1, no Rio

Dessa vez não houve liminar que impedisse que a Marcha da Maconha fosse realizada no Rio de Janeiro: milhares de pessoas caminharam pela Avenida Vieira Souto, em Ipanema, na Zona Sul, na tarde deste sábado (9), para pedir a legalização da droga. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, participou do movimento.

“Hoje a guerra das drogas mata mais do que a overdose. Só a hipocrisia não vê isso”, gritou o ministro, sendo aplaudido e ovacionado por todos.

Segundo os organizadores, o protesto foi realizado em mais de 250 cidades do mundo, incluindo Berlim, Madri e França. Outras regiões do Brasil também participaram do evento. No Rio, os organizadores esperavam reunir, pelo menos, duas mil pessoas.

“Não é porque eu sou ministro que ia deixar de fazer o que eu acredito. Grande parte da violência que nós sofremos é por causa do tráfico. Usuário não pode ser tratado como criminoso”, completou Minc.

Foto: Patrícia Kappen/G1

Milhares de pessoas caminharam pela Avenida Vieira Souto, em Ipanema, para pedir a legalização da droga (Foto: Patrícia Kappen/G1)

Os manifestantes distribuíram cerca de 500 guias informativos sobre os princípios do movimento. A Polícia Militar montou um esquema especial para o evento. Pelo menos 70 policiais reforçaram a segurança e auxiliaram os moradores.

Só quem não ficou muito satisfeito foram os motoristas. Com duas das três pistas fechadas, o engarrafamento se prolongou pela orla de Ipanema e do Leblon.

Foto: Patrícia Kappen/G1

No Rio, os organizadores esperavam reunir, pelo menos, duas mil pessoas  (Foto: Patrícia Kappen/G1)

Proibição em 2008

Em 2008, o Tribunal de Justiça do Rio proibiu a realização da Marcha da Maconha atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual, que entrou com uma medida cautelar para impedir o evento.

Para garantir a realização da marcha deste ano, os organizadores conseguiram, em abril, um hábeas corpus preventivo. Segundo os manifestantes, o objetivo do ato é, ainda, chamar a atenção para a discussão de políticas de leis sobre drogas no país e estimular o diálogo em relação ao uso da planta, inclusive com fins lucrativos.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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