domingo, 30 de março de 2008

Três meninas morrem com suspeita de dengue

Extra-oficialmente, o número de mortes se elevaria para 57; oficialmente, são 54.Deisiane, de 12 anos, Milena, 7, e Yasmin, 6, foram enterradas neste sábado.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

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Três meninas morreram nas últimas horas no Rio de Janeiro sob suspeita de dengue hemorrágica. Elas foram enterradas neste sábado, e, embora não haja comprovação por meio do resultado do exame sorológico, pelo menos no caso de Deisiane Ribeiro da Silva o médico informou no atestado de óbito que a menina de 12 anos morreu de dengue hemorrágica. Os outras duas mortas são Milena Pinto de Lima, de 7 anos, cujo atestado indica suspeita de morte por dengue, e Yasmim Vitória do Nascimento, de 6. Oficialmente, elas ainda não entraram para as estatísticas dos casos fatais de dengue, o que só deverá ocorrer depois que saírem os resultados dos exames de laboratório.

Deisiane, 12 anos
Deisiane morreu na noite de sexta-feira (28) no Instituto Fernandes Figueira, no Flamengo, na Zona Sul do Rio, mas teria sido foi infectada pelo mosquito aedes aegypti em Itaboraí, na Região Metropolitana. O médico da instituição, que é a unidade pediátrica de referência da Fundação Osvaldo Cruz, declara que a estudante teve falência múltipla dos órgãos e septicemia em conseqüência da dengue hemorrágica. Josiléia Pereira da Silva, mãe da estudante, contou que o atendimento a Deisiane demorou porque não havia médicos no Hospital municipal de Itaboraí. No dia do aniversário da menina, ela foi internada, medicada e entrou em coma. Em seguida, Deisiane foi transferida para o Fernandes Figueira, na capital, mas já chegou em estado muito grave. A secretaria de saúde de Itaboraí, a médica Mônica de Almeida, contesta parte das informações da família da estudante. Diz ela que o caso só foi acompanhado a partir de quarta-feira, quando Deisiane deu entrada no pronto-socorro já em estado muito grave e não houve demora no atendimento pela equipe de plantão. À espera da transferência para o Rio, Deisiane teria permanecido, segundo a médica Mônica de Almeida, no CTI de adultos porque o Hospital de Itaboraí não possui leito para a pediatria. A secretária explica que em toda a Região Metropolitana há falta de pediatras, nega que tenha havido descaso e se solidariza com a família de Deisiane. Lembra ainda que os índices de infecção em Itaboraí não chegam a ser alarmantes na atual situação.

Milena, 7 anos


Ag. O Globo
Milena teria morrido de dengue hemorrágica (Ricardo Leoni/Ag.O Globo)
A menina Milena Pinto de Lima, de 7 anos, morreu na madrugada deste sábado (29)no Hospital das Clínicas Mario Leoni, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo o hospital, Milena tinha os sintomas da dengue hemorrágica. A assessoria de imprensa do hospital não soube informar se, no atestado de óbito, consta dengue hemorrágica, como também não pôde informar se o exame sorológico identificou qual tipo de vírus matou a criança.

A mãe de Milena, Fernanda, contou que a menina começou mal de segunda-feira para terça-feira. Ela achou que fosse uma virose, mas levou a menina para o pronto-socorro, onde, apesar da demora, foi atendida na terça-feira à noite. A médica de plantão constatou que a criança estava com a garganta muito inflamada, não fez o diagnóstico preciso, mas não descartou a hipótese de dengue.

A médica receitou um remédio para febre e determinou que Milena fosse para a hidratação com soro, procedimento padrão para a dengue, mas Milena não ficou internada. Fernanda conta que a filha continuou passando mal e passou a ter vômitos com sangue. Ela voltou ao hospital na quinta e fez exame de sangue para contagem de plaquetas – o resultado não preocupou, mas, na sexta, a criança foi submetida a nova exame. Foi comprovada uma queda na contagem das plaquetas, Milena permaneceu internada, mas morreu na madrugada de sábado(29).

O corpo da criança foi enterrado à tarde no cemitério do Corte 8 em Duque de Caxias.

Yasmin, 6 anos
Yamim Vitória do Nascimento, 6, morreu na madrugada do sábado e foi enterrada em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde morava. O atestado de óbito consta como causa a dengue hemorrágica, mas a confirmação o a comprovação só será nom nascimenn As estatísticas são atualizadas uma vez por semana pela secretaria estadual de Saúde. Por ora, o número oficial aponta para 54 mortes desde o primeiro do surto da doença, em meados do ano passado. As autoridades já reconheceram que há epidemia na cidade do Rio de Janeiro, que já registrou 31 mortes – metade delas, de crianças -, enquanto o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, aponta outro problema: nem todos os casos são notificados, o que pode significar que o número de infectados e de mortes deve ser mais elevado do que o divulgado até o momento. O número de doentes ultrapassou, nesta sexta-feira (29), a marca dos 30 mil só na cidade do Rio de Janeiro.

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