terça-feira, 18 de março de 2008

Deputadas suspeitas de fraude faltam a depoimento na Alerj

Deputadas suspeitas de fraude faltam a depoimento na Alerj
Jane Cozzolino (PTC) e Renata do Posto (PTB), que segundo o Conselho de Ética da Alerj acumulam quase 300 benefícios do Auxílio-Educação nos gabinetes, faltaram ao depoimento sobre suspeita de fraude.

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Cinco dos nove deputados investigados por suspeita de envolvimento na fraude do Auxílio-Educação da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) prestaram depoimento nesta segunda-feira. Mas as cadeira reservadas para o depoimento das deputadas Renata do Posto (PTB) e Jane Cozzolino (PTC) ficaram vazia de manhã. As duas faltaram à sessão do Conselho de Ética. Alegaram que estão doentes e que não poderiam responder às denuncias contra elas. “É um artifício jurídico. Não adianta faltar hoje porque tem que vir ao Conselho de Ética”, afirmou o deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB), integrante do Conselho de Ética. Já são nove parlamentares e um deputado licenciado que estão sendo investigados por suspeitas de envolvimento em fraudes com o Auxílio-Educação. Pessoas humildes e com muitos filhos foram usadas como funcionários-fantasmas. Os criminosos ficavam com o salário delas e com o benefício dado pela Alerj, que serve para ajudar no pagamento da escola dos filhos de servidores. Três depoimentos seguiram a mesma linha de defesa. O deputado João Peixoto (PSDC), Édino Fonseca (PR) e Álvaro Lins (PMDB) disseram que não sabiam das fraudes. De acordo com eles, as contratações de seus gabinetes, que estão sob suspeita, foram feitas a pedido do ex-presidente do PSDC, Vanderley Galdeano. Já os deputados Tucalo (PSC) e Délio Leal (PMDB) culparam outro homem acusado de ser aliciador das pessoas que foram usadas pela quadrilha. Segundo eles, Renato Sivuquinha, antigo diretor de departamento da Alerj, teria indicado os nomes dos funcionários-fantasmas. Apesar dos deputados suspeitos terem acusado outras pessoas pelas indicações nos gabinetes, o Conselho de Ética condenou a prática. De acordo com o conselho, os parlamentares serão responsabilizados porque foram eles que assinaram as contratações. “Isso é uma falta grave e é isso que o Conselho de Ética está apurando. Pode causar da advertência à perda do mandato”, afirmou o presidente do Conselho de Ética, Paulo Melo (PMDB). A Mesa Diretora da Alerj fez um relatório sobre os aliciadores do esquema. Os documentos foram encaminhados para o Ministério Público. Os promotores vão analisar se pedem a prisão de seis acusados, entre eles Vanderlei Galdeano. Mas o nome de Renato Sivuquinha ficou de fora da lista. A ausência irritou alguns integrantes do Conselho de Ética. “É muito estranho uma pessoa citada por inúmeras testemunhas estar de fora desse pedido de prisão preventiva. Se o objetivo é não possibilitar a obstrução das investigações, todos deveriam ser detidos, inclusive o funcionário da casa”, criticou o deputado Marcelo Freixo (P-SOL), integrante do Conselho de Ética. A Mesa Diretora da Alerj informou que não enviou o nome de Renato Sivuquinha para o Ministério Público por julgar que ele não oferece riscos às testemunhas. Mas tanto Sivuquinha quanto Vanderley Galdeano negaram todas as acusações. As deputadas Renata do Posto e Jane Cozzolino, que faltaram nesta segunda-feira, são esperadas novamente na próxima quarta-feira. Marco Figueiredo (PSC) ainda não tem data marcada para prestar esclarecimentos.

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