terça-feira, 18 de março de 2008

Polícia mata suspeito de ter atirado em adolescente que ficou tetraplégica

Brito - Extra

RIO - O pai da adolescente Maria Eduarda Cavalcanti Romano, de 14 anos, só deve ir nesta quarta-feira à 65ª DP (Magé) para ver a foto de um suspeito de balear sua filha, que ficou tetraplégica após uma tentativa de assalto. Segundo informações de policiais, Carlos Romano, de 47 anos, disse não ter condições emocionais de fazer o reconhecimento do acusado - conhecido como Mumu da Lagoa, morto segunda-feira em confronto com PMs - e confirmar se foi ele que atirou contra o carro da família. Os policiais investigam informações de que os bandidos que tentaram parar o carro de Carlos teriam assaltado, no dia anterior, um ônibus em Magé.
Maria Eduarda continua internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital de Saracuruna com um quadro de traumatismo ráquio-medular - a quinta e sexta vértebras da coluna da garota explodiram por causa do tiro. Segundo os médicos, ela está lúcida e atende aos comandos, mas não tem apresentado reflexos, o que indica que ficou tetraplégica. Maria Eduarda ainda respira por aparelhos e corre risco de vida. A mãe dela, Elizabeth Cavalcanti, de 45 anos, disse que a família está muito abalada, mas acredita na recuperação da adolescente.
O crime aconteceu no domingo passado, dia em que Carlos e Elizabeth completavam 17 anos de casamento. Era pouco mais de meio-dia quando a família saiu do sítio, em Nova Marília, Magé. O casal, Maria Eduarda, e o filho mais novo - Carlos Eduardo, de 10 anos - seguiam pela Rua União num Fiat Uno azul. Todos queriam chegar rapidamente em casa, no Jardim Guanabara, Ilha do Governador. Motivo: naquela noite seria realizada uma missa pelos 17 anos de união do casal na Paróquia São José Operário. Lama na rua
- Havia muita lama na rua. Por isso o carro avançava de vagar. Nesse momento, percebemos que dois homens andavam pouco mais à frente. Quando nos aproximamos, eles viraram na nossa direção e sacaram as armas que carregavam. Meu marido se assustou e decidiu acelerar. Foi quando eles começaram a atirar na direção do carro. Mesmo assustados, seguimos em frente. Foi quando meu filho gritou que Maria Eduarda havia sido baleada no pescoço. Quando olhei para trás e vi que ela estava coberta de sangue, entrei em pânico - relembrou Elizabeth, ontem pela manhã.
A família seguiu até o Posto de Policiamento Comunitário de Piedade. De lá, os policiais levaram todos até o posto de saúde local. Na unidade, os pais de Maria Eduarda receberam a informação de que a menina deveria ser transferida para o Hospital de Saracuruna - onde ela deu entrada às 14h30m após ser levada por uma ambulância do Samu.
- Infelizmente a menina está tetraplégica. Ela foi atingida na quarta vértebra da coluna cervical, o que provocou um trauma na medula óssea. A jovem está internada no Centro de Terapia Intensiva da unidade - disse o diretor médico do Hospital de Saracuruna, Manoel Moreira.
" Quando olhei para trás, e vi que a Maria Eduarda havia sido atingida, fiquei apavorada "
Elizabeth Cavalcanti, mãe da menina, relembra o ocorrido:
- Foi tudo tão rápido. Mal tivemos tempo para entender o que aconteceu. Quando olhei para trás, e vi que a Maria Eduarda havia sido atingida, fiquei apavorada. Ainda é difícil acreditar que isso tenha acontecido com a minha filha. Ela sempre sonhou em pilotar aviões. Agora essa coisa terrível aconteceu e eu não consigo imaginar como ela vai reagir. É um momento muito difícil para todos nós.

Fonte Jonal Extra on line

http://extra.globo.com/rio/materias/2008/03/18/policia_mata_suspeito_de_ter_atirado_em_adolescente_que_ficou_tetraplegica-426284475.asp

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