domingo, 20 de março de 2011

Obama elogia pacificação de favelas e cita Paulo Coelho e Jorge Ben Jor em discurso no Rio

Extra

Rio - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou a pacificação de favelas no Rio de Janeiro no discurso para 2.200 convidados que fez na tarde deste domingo, no Theatro Municipal, na Cinelândia.

- Pela primeira vez, a esperança está voltando para o lugar onde o medo costumava reinar. As pessoas não devem olhar apenas com piedade para as favelas, mas como uma fonte de médicos, advogados, pessoas que vão apresentar soluções - disse Obama, que de manhã visitou a Cidade de Deus, na Zona Oeste, uma das favelas cariocas que receberam uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, em discurso no centro do Rio / Foto: AP

Obama abriu o discurso com palavras em português:

- Alô, Rio de Janeiro. Alô, Cidade Maravilhosa - disse e, em seguida, citou o clássico Vasco x Botafogo, recebendo uma pequena vaia, a qual respondeu sorrindo.

- Quero agradecer a todos por estarem aqui, porque sei que hoje há um jogo do Vasco e do Botafogo.

No discurso, Obama citou o cantor Jorge Ben Jor (ao afirmar que o Brasil é uma país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza) e o escritor Paulo Coelho.

- Como diz o Paulo Coelho, com a força da nossa vontade e amor, podemos mudar.

O presidente americano afirmou que a transição para a democracia no Brasil, nos anos 80, serve como um exemplo para países do Oriente Médio, onde a população sai às ruas e pede liberdade política.

- Vemos o povo da Líbia tomar uma posição corajosa contra um regime determinado que hostiliza seus próprios cidadãos. Em toda a região, temos visto jovens exigindo o direito de determinar seu próprio futuro.

- O Brasil é um país que mostra como exigir uma mudança pode começar numa rua e transformar uma cidade, um país, o mundo. Um dos jovens mudou isso: filha de imigrantes, foi presa, mas ela sabe o que é superar, hoje ela é presidente desta nação - disse, referindo-se à presidente Dilma Rousseff.

Extra Online

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