quarta-feira, 16 de março de 2011

Imperador pede que japoneses sejam solidários e não desistam

Tóquio (Japão) - O imperador Akihito demonstrou nesta quarta-feira estar preocupado com a crise da usina nuclear de Fukushima e pediu solidariedade aos japoneses depois do terremoto da última sexta-feira, em sua primeira mensagem televisada à nação em seus 22 anos de reinado.

A alocução do imperador, de 77 anos, divulgada pela rede de televisão pública NHK, mostra a gravidade da crise que vive o Japão, a pior desde o final da Segunda Guerra Mundial, segundo seu governo.

O imperador confessou estar "profundamente preocupado" diante da complicada situação na usina nuclear de Fukushima, no nordeste do país, e manifestou seu desejo de que não piore.

Akihito disse ao povo japonês que reza pelo bem-estar do maior número possível de sobreviventes após a catástrofe de sexta-feira, que causou mais de 11,5 mil mortos ou desaparecidos, segundo números ainda provisórios.

"Um terremoto de 9 graus nunca tinha ocorrido no Japão. Não sabemos ainda o número de vítimas, mas rezo para que se salve o maior número possível", disse o ocupante do Trono do Crisântemo, a dinastia reinante mais antiga do mundo.

O imperador também incentivou o povo japonês a não se dar por vencido neste momento de crise, ao tempo que agradeceu pelas várias mostras de solidariedade chegadas de todo o mundo e exortou seus compatriotas a manterem a calma.

"Espero, sinceramente, que o povo possa superar este momento infeliz cuidando um dos outros", disse o monarca na mensagem que foi fornecida à televisão pela Casa Imperial japonesa.

Akihito está há 22 anos à frente do Trono do Crisântemo, que assumiu após o falecimento de seu pai, Hirohito, em 1989.

Terremoto e tsunami devastam Japão

Na sexta-feira, 11, o Japão foi devastado por um terremoto que, segundo o USGS, atingiu os 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica.

Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados, e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear.

Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 3.771 mortos e 8.181 desaparecidos. Além disso, os prejuízos já passam dos US$ 170 bilhões. Em meio a constantes réplicas do terremoto, o Japão trabalha para garantir a segurança dos sobreviventes e, aos poucos, iniciar a reconstrução das áreas devastadas.

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