sexta-feira, 25 de março de 2011

Ex-chefe de delegacia da PRF é preso na Operação Pisca-Alerta

Rio - Subiu para nove o número de policiais rodoviários federais presos na manhã desta sexta-feira durante a Operação Pisca-Alerta, da Polícia Federal (PF). Entre os detidos, está o ex-chefe da 3ª delegacia de Polícia Rodoviária Federal em Itaguaí. A informação é do delegado da PF, Fábio Galvão.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Policiais federais apreendem computadores dura a operação Pisca-Alerta | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Os presos - oito policiais e um empresário - são suspeitos de participar de um esquema de corrupção, cobrança de propina e desvios de conduta de policiais rodoviários federais responsáveis pela fiscalização da rodovia BR-101 na região de Angra dos Reis, Itaguaí, Paraty e Mangaratiba. O ex-delegado preso é apontado como o chefe da quadrlha.

Ainda de acordo com Fábio Galvão, 18 pessoas foram denunciadas pelo esquema. Destes, 15 são da PRF e outros três são empresários.

Dos dez mandados de prisão expedidos,um não pôde ser cumprido porque o policial havia sido assassinado no dia 4 de março, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os federais ainda buscam por mais um acusado de participação no crime.

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal informou que realiza programas correcionais para reduzir casos de corrupção dentro da própria instituição: "A PRF tem se  empenhado em controlar os desvios de conduta de seus servidores a fim de que casos como estes tendam a diminuir cada vez mais. Para isto, tem sido realizados treinamentos constantes sobre a área correcional com  foco na responsabilidade ética do agente da lei e sua representação diante da população", informou a PRF.

Há 40 dias, Operação Guilhotina resulta na queda de Turnowski

Outra operação da Polícia Federal, realizada em setembro de 2010, resultou no afastamento da cúpula da Polícia Rodiviária Federal no Rio. As investigações apontaram o envolvimento de agentes no esquema de liberação de veículos em situação irregular, todos apreendidos na Rodovia Presidente Dutra. Dez suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público.

Há 40 dias, a Operação Guilhotina, também realizada pela Polícia Federal, resultou na prisão de aproximadamente 30 policiais militares e civis suspeitos de diversos crimes. As investigações resultaram também na saída do delegado Allan Turnowski do cargo de chefe de Polícia Civil do Rio.

A ação resultou também na prisão do delegado Carlos Antônio Luiz de Oliveira, ex-subchefe de Polícia Civil do Rio, acusado de envolvimento com uma quadrilha especializada no desvio e venda de armas para traficantes. Na época de sua prisão, Carlos Oliveira ocupava o cargo de subsecretário de Operações da Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) da Prefeitura.

Os passos iniciais da Operação Guilhotina começaram há dois anos. Agentes da PF descobriram que policiais deixavam de prender traficantes e ainda os roubavam, além de avisá-los sobre operações policiais nas comunidades.

Em gravações, policiais militares e civis foram flagrados saqueando pertences, dinheiro e bens de moradores e bandidos dos complexos da Penha e do Alemão, atualmente ocupados pelas forças de segurança para a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

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