sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pista da Linha Vermelha é reaberta

 

Foto: Uanderson Fernandes  / Agência O Dia

» Três veículos batem na via

 

Protesto pelo Hospital do Fundão fechou Linha Vermelha por 35 minutos
PMs chegaram a soltar duas bombas de gás lacrimogêneo

Rio - Cerca de 500 pessoas, entre estudantes e professores da UFRJ e ainda médicos do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Hospital do Fundão) fecharam a pista sentido Baixada Fluminense da Linha Vermelha, em frente à unidade, por 35 minutos, na manhã desta sexta-feira, durante grande manifestação.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar tentou negociar com os manifestantes, mas eles não concordaram e invadiram a via, sentando no chão, na frente dos carros. Os policiais então soltaram duas bombas de gás lacrimogêneo. O protesto continuou por mais alguns minutos, mas depois os organizadores decidiram liberar o trânsito, que ficou congestionado nos dois sentidos. Alguns estudantes ficaram feridos levemente.

A mobilização é para exigir que os governos federal, estadual e municipal tomem medidas para resolver a crise do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, referência nacional em procedimentos de alta complexidade. A unidade está sofrendo um processo de endividamento e sucateamento causado pelo atraso no repasse de verbas por parte do município e o não reajuste do orçamento desde 2004.

Como conseqüência, transplantes de órgãos foram suspensos, leitos serão fechados após a alta hospitalar dos pacientes internados, cirurgias eletivas só serão realizadas após o médico responsável checar se há insumos, caso contrário o paciente não será internado, só há material para realizar hemogramas (exames de sangue) por mais dois dias, e o serviço de medicina nuclear só tem material radioativo para uma semana, sem esse material não há como funcionar.

O hospital não tem orçamento próprio e vive da prestação de serviços ao SUS. Atualmente, os pagamentos de todos os insumos são feitos em valores de 2008, mas o Hospital recebe por tabela pactuada em 2004 e a dívida gira em torno de R$ 10 milhões.

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