quinta-feira, 29 de maio de 2008

PF: Operação Segurança Pública S/A prende deputado Álvaro Lins

Outros sete mandados de prisão e 16 de busca e apreensão são cumpridos no Rio

Última atualização às 11h07

Rio - A Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Rio de Janeiro deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Segurança Pública S/A. O objetivo é cumprir sete mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

Foi preso em flagrante o deputado estadual (PMDB) e ex-chefe de Polícia Civil no governo Anthony Garotinho, Álvaro Lins, por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha armada, corrupção passiva e facilitação ao contrabando. O mandado de prisão dele não está entre os expedidos nesta quinta-feira.

Tranqüilidade ao ser algemado

Advogados de Álvaro Lins chegam na casa do deputado para acompanhar a prisão | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

O deputado estava no apartamento dele, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e foi levado em um carro da PF para a superintendência do órgão, na Praça Mauá, Centro da cidade. Os policiais chegaram na casa, na Rua 5 de Julho, por volta das 6h. Eles apreenderam documentos, celulares e objetos pessoais. O mesmo foi feito no gabinete do deputado, na Alerj.

O advogado de Álvaro Lins, Harina Araújo (foto), disse nesta manhã que desconhece todas as acusações que pesam contra o deputado. Segundo ele, Álvaro reagiu à prisão com muita tranqüilidade, pois sabe que é inocente.

Garotinho denunciado

Laptop é apreendido na casa do casal Garotinho, em Campos | Foto: Folha da Manhã

O ex-governador Garotinho foi denunciado pelo crime de formação de quadrilha armada e está sendo procurado. Agentes da PF realizam buscas em dois endereços de Garotinho. Em Campos, no Norte Fluminense, somente funcionários foram encontrados na casa. Eles deixaram a residência com um lap top (foto).

Na Taquara, Zona Oeste, foi preso o policial civil Alcides Campos Sodré, que é ligado a Álvaro Lins e ex-assessor do ex-chefe de Polícia Civil Ricardo Hallack, que também está sendo procurado. Ele estava em casa, no Condomínio Vivendas Bandeirantes.

A PF também tem mandado de prisão contra Helinho, um dos três homens conhecidos como "inhos" e diretamente ligados a Álvaro Lins. Dois estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, e Helinho estava sob proteção de habeas- corpus. Jorginho e Fabinho (Fábio Menezes Leão), que estão presos, também receberão notificação no presídio.

A Polícia Federal dará uma entrevista coletiva às 11h30 desta quinta-feira, na Superintendência Regional, na Praça Mauá, Centro do Rio.

O DIA Online -

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