Alerj investiga esquema de fraudes no auxílio-educação pago a servidores da Casa.
Segundo a polícia, famílias se tornavam, sem saber, funcionários fantasmas.
Do G1, no Rio, com informações do RJTV
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A polícia identificou neste sábado (3) os dois homens suspeitos de ameaçar uma família vítima da fraude no auxílio-educação da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas.
Segundo a polícia, pessoas humildes com muitos filhos se tornavam sem saber, funcionários-fantasmas da Alerj. O casal e os nove filhos já estão num abrigo de proteção a testemunhas.
De acordo com a Delegacia de Homicídios, em depoimento, o catador de areia, cujo o nome foi preservado, contou que foi ameaçado por dois homens que estavam numa motocicleta.
A mulher do catador, que se tornou funcionária-fantasma da Alerj, chegou a receber algumas a quantia de R$ 200. A quadrilha ficava com o salário dela, de R$ 1.1 mil e mais R$ 4 mil, pelo auxílio-educação dos nove filhos. Por causa das ameaças, as crianças serão obrigadas a deixar a escola.
Investigação
Na sexta-feira (2), a polícia viajou cem quilômetros para checar a denúncia de que a vendedora, que mora em Cachoeiras de Macacu, na Região Sul Fluminense, foi ameaçada na noite de quinta-feira (1º) por dois homens.
O Ministério Público informou que já começou a ouvir os depoimentos sobre o esquema de fraudes no auxílio-educação.
Dois deputados já foram cassados
Desde o início de 2008, o Conselho de Ética da Alerj investiga a fraude no auxílio-educação. Dois deputados já foram cassados. Cinco parlamentares foram inocentados e outros sete estão sendo investigados.
“Agora está nas mãos do Ministério Público a prisão de todas essas pessoas e a denúncia contra o auxílio-fraude. Ainda mais agora, que as pessoas estão sendo ameaçadas, é perfeitamente possível e necessário a prisão preventiva de todo esse ‘bando’”, disse o deputado estadual Marcelo Freixo, do PSOL.
No dia 16 de abril, um homem foi preso dentro de uma agência bancária em Cabo Frio, na Região dos Lagos. De acordo com as investigações, com ele foram apreendidos vários cartões bancários que seriam de funcionários fantasmas da Alerj.
Na delegacia, o suspeito disse que tinha autorizações dos funcionários para usar os cartões bancários.
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