sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Vereador Cristiano Girão será transferido para presídio federal

MP fez pedido após denúncias de que político estaria saindo de sua cela.
Vereador é acusado de formação de quadrilha, entre outros crimes.

Do G1, no Rio

O Ministério Público do Rio informou nesta sexta-feira (22) que o vereador e sargento do Corpo de Bombeiros, Cristiano Girão, será transferido para um presídio federal fora do Rio. O político é acusado de chefiar uma milícia na comunidade Gardênia Azul, em Jacarepaguá, na Zona Oeste da cidade.

De acordo com o MP, a decisão foi deferida pelo Desembargador Francisco José de Asevedo. A solicitação de transferência foi feita em virtude de informações de que Girão estaria saindo com regularidade de sua cela. O Ministério Público informou ainda que, segundo relatos, o acusado estaria ameaçando testemunhas arroladas no processo.

Ainda não se sabe para onde nem quando será transferido Girão. Há possibilidade de ele ser levado para o presídio de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ou para o de Catanduvas, no Paraná.

O vereador é acusado de formação de quadrilha, extorsão e lavagem de dinheiro. Há, também, acusações referentes a assassinatos cometidos pelo grupo miliciano do qual Girão faria parte.

Investigações

Segundo o MP, as investigações levaram ao pedido de prisão de Girão, e à acusação contra outros 12 denunciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Cerca de 40 contas, em 12 instituições financeiras, que, segundo levantamentos preliminares, teriam movimentado grande soma de dinheiro, foram alvo das investigações do Ministério Público.

O MP comparou os rendimentos do político com a sua evolução patrimonial. Em 2002, Girão declarou R$ 32.085,73, mas apresentou evolução patrimonial de R$ 170.559,20 – valor 531,57% acima de seus rendimentos.

Em 2005, a variação foi de 218,67% e, em 2006, de 325,02%. De acordo com a denúncia, ele gastou R$ 680,6 mil em imóveis e veículos e movimentou R$ 2,2 milhões entre os anos de 2003 e 2007.

Somadas às operações financeiras realizadas pelos demais acusados de integrar a milícia, a quantia ultrapassa R$ 3,3 milhões.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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