Suspeito de estuprar duas mulheres e uma menor, criminoso tinha selos do Detran e do Ipem
POR BARTOLOMEU BRITO
Rio - O delegado João Dias, titular da 27ª DP (Vicente de Carvalho) afirmou, nesta quarta-feira, que a Polícia Civil vai investigar como o taxista Marcos David de Calazans Salgado, 25 anos, obteve os selos do Detran e do Instituto de Pesos e Medidas (Ipen) encontrados no veículo que ele utilizava para estuprar mulheres em uma área próxima ao shopping Carioca, em Vicente de Carvalho, na Zona Norte. O delegado também vai investigar a entrada dele na cooperativa Lafayette.
Falso taxista acusado de estuprar passageiras é preso na Zona Norte do Rio | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
De acordo com as investigações, o taxista usava uma faca para render as passageiras. A seguir, as vítimas eram imobilizadas e estupradas em um motel, na Rodovia Presidente Dutra, em São João de Meriti, onde tinham os pertences roubados. Segundo os policiais, Marcos costumava usar cartões e dinheiro das mulheres para pagar as contas.Duas vítimas já reconheceram o taxista na delegacia. As três passageiras são moradoras de bairros da Zona Norte.
Um dos crimes ocorreu na madrugada da última terça-feira. Conforme dados da polícia, Marcos Calazans já tinha sido preso, em 2006, por porte ilegal de armas. O Santana usado pelo motorista não tinha registro para circular como táxi. Os documentos do carro teriam sido adulterados pelo taxista.
Na manhã desta quarta-feira, o taxista prestou depoimento na 27ª DP (Vicente de Carvalho) e, de acordo com a polícia, o bandido admitiu os crimes e mostrou a faca usada nos delitos. Até um momento, um mandado de prisão por roubo já foi expedido contra Marcos pelo plantão judiciário. De acordo com o delegado João Dias, o veículo rodava dia e noite e, após as 23 horas, o bandido cometia os atos ilícitos.
O veículo usado pelo taxista, um Volksvagen Santana, vai passar por uma perícia com membros do Instituto de Criminalística Carlos Éboli. Eles pretendem descobrir a cor original do veículo, assim como a procedência, já que os documentos apresentados por Marcos são falsos.
O táxi que era usado por Marcos para cometer os crimes | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Taxistas da cooperativa Lafayette revoltados com o crime
Revoltados com o crime, os taxistas da cooperativa Lafayette protestaram na manhã desta quarta-feira. Segundo eles, que trabalham em um ponto localizado em frente ao bar Pitosco da Vila (esquina das ruas Lafayette Stockler e Avenida Vicente de Carvalho), a repercussão dos roubos e estupros por parte de Marcos causaram uma redução no número de clientes.
"Bandidos estão se infiltrando como taxistas nas cooperativas e estão sujando a reputação dos profissionais que trabalham sério", disse Sérgio Rocha Lins, profissional de 53 anos.
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