Esquema foi desbaratado pelo Ministério Público e levou 20 pessoas à cadeia, até agora.
O esquema de fraudes em licitações públicas que teria desviado até R$ 100 milhões em um ano e levado à cadeia 20 pessoas envolvia até ONGs com endereços fantasmas, segundo as investigações do Ministério Público.
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O Centro do Rio foi a região escolhida pela quadrilha para montar dois pequenos escritórios das ONGs Organização Nacional de Estudos e Projetos e Associação Brasileira de Desenvolvimento Humano.
Os promotores e a polícia verificaram que o tamanho das empresas era incompatível com o volume de dinheiro movimentando. Ainda de acordo com o MP, uma outra ONG chamada Instituto de Assistência ao Município deveria funcionar na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste.
Segundo os promotores, pelo menos essas três ONGs eram usadas para o desvio de dinheiro público. E o articulador das negociações era Tarcísio Padilha, advogado da prefeita de Magé, Núblia Cozzolino, e secretário de administração de Santo Antônio de Pádua, no norte do estado.
Funcionários das prefeituras envolvidas usavam as contas das ONGs apenas para repassar o dinheiro. Alguns valores eram enviados por transferências eletrônicas para as organizações. Minutos depois, o dinheiro entrava na conta de Tarcísio Padilha, de acordo com os promotores.
A quantia, então, era repartida entre os integrantes da quadrilha. Até agora, o Ministério Público encontrou cerca de R$ 1,5 milhão em nome do secretário de administração. Ele foi preso na quinta-feira (24).
Numa gravação telefônica, feita com autorização da Justiça, dois comparsas de Tarcísio Padilha, segundo o Ministério Público, comentam uma das negociações.
Tico - É muito dinheiro.
André - Nego fala mal da gente, mas os caras aqui ganham dinheiro rindo, né? O cara quer ganhar dinheiro rindo.
O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, esteve na delegacia nesta tarde de sexta e negou que um dos presos seja funcionário do município.
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