quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Dois homens são presos por pedofilia pelo Orkut

Alexandro Monnerat é acusado de criar comunidade no Orkut com imagens de menores.
Justiça cumpriu três mandados de busca e apreensão em Nova Friburgo.
Do G1, no Rio

Investigações do Ministério Público Federal (MPF) em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, levaram à prisão nesta quinta-feira (17) do tatuador Alexandro Monnerat, acusado de criar uma comunidade de pedofilia no site de relacionamentos Orkut, e de Julio Cesar Meneses, de 20 anos, também investigado pelo mesmo crime.

A Justiça expediu o mandado de prisão preventiva de Monnerat e três mandados de busca e apreensão para procurar material eletrônico com imagens de meninas menores de idade. A polícia esteve na casa de Monnerat e de dois outros investigados. Na residência de Julio Cesar Meneses, foi encontrada uma arma sem registro e, por isso, o jovem foi preso em flagrante.

Segundo o MPF, a investigação de pedofilia pelo Orkut começou em 2002, quando um canadense e dois holandeses foram presos no Brasil por fotografar e divulgar fotos de 25 jovens de Friburgo. Na ocasião, o site holandês foi retirado do ar. No entanto, muitas pessoas teriam visto as fotos das meninas por meio de CDs. A Procuradoria da República de Nova Friburgo informou que procura os responsáveis pelas imagens desde então.

Monitoramento na internet

A Procuradoria obteve autorização judicial para rastreamento eletrônico dos criminosos. Alexandro Monnerat foi descoberto porque criou uma comunidade com as fotos das meninas. Segundo a Procuradoria, na comunidade, os usuários descreviam como tiraram as fotos e informavam os links em que elas estavam disponíveis.

O procurador da República, Jessé Santos, responsável pelo caso, informou que o simples armazenamento de fotos pornográficas de crianças e adolescentes é crime que pode ser punido com até seis anos de prisão. Ele acrescentou que o monitoramento na internet da troca de arquivos em programas como o eMule permitirá identificar outros criminosos. Com os endereços, serão feitas novas diligências de busca e apreensão.

Nenhum comentário: