segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Vítimas de outros assaltos reconhecem presos em roubo de Copacabana

Crimes ocorreram em Laranjeiras, Botafogo e Jacarepaguá.
Três homens foram presos depois de fazer oito pessoas reféns em prédio.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

Vítimas de três assaltos reconheceram na tarde desta segunda-feira (7) os presos no roubo em Copacabana, na Zona Sul do Rio, no domingo (6), quando oito pessoas foram feitas reféns.

Segundo o delegado Antenor Martins, da 12ª DP (Copacabana), vítimas de assaltos em Larajeiras e Botafogo, também Zona Sul, e Jacarepaguá, na Zona Oeste foram até a delegacia. As ações aconteceram em junho e julho.

Um dos presos foi reconhecido por todas as vítimas. Outro suspeito foi reconhecido por vítimas de dois dos assaltos.

De acordo com Antenor, o assalto de Laranjeiras e Jacarepaguá têm as mesmas características do de Copacabana. O assaltante aborda a vítima e a obriga a o levar até sua residência. No caso do roubo em Laranjeiras, um dos suspeitos foi flagrado pelas câmeras de segurança do prédio. No crime na Zona Oeste, uma vítima tentou fugir e levou dois tiros, mas sobreviveu.

“Eu tive a certeza e entramos em contato com a polícia. Eles pediram para virmos aqui para a 12ª delegacia para fazer o reconhecimento", disse o homem baleado no assalto, que não quis se identificar.

Crime de Copacabana

“Foram momentos de muita tensão. Ficamos cerca de cinco horas amarrados no quarto”,contou o engenheiro Michel Caspary, uma das oito vítimas que foram mantidas reféns durante a ação em Copacabana.

De acordo com Antenor Martins Júnior, Michel e uma amiga, que preferiu não se identificar, foram abordados por três suspeitos no Largo do Machado, também na Zona Sul. Eles renderam as vítimas e foram para o apartamento de Michel. No local, o pai e a mãe do rapaz também foram feitos reféns e amarrados em um quarto.
A polícia foi chamada pelo porteiro do prédio que desconfiou da movimentação.

Troca de tiros

Segundo a polícia, o pai de Michel, que é oficial da Marinha, conseguiu se soltar. Um dos criminosos atirou e o oficial da Marinha revidou com um revólver calibre 32 e acertou o braço do atirador. O suspeito disparou três tiros, mas não atingiu a vítima.

Após a troca de tiros, os três suspeitos fugiram para a cobertura do prédio levando como reféns Michel, a mãe e a amiga do filho. "Eles pularam dois prédios pelo telhado.

Clarita se machucou e foi abandonada em uma das coberturas. Os três ainda renderam mais quatro pessoas do terceiro prédio e só depois se entregaram, quando a mãe de um deles chegou ao local”, contou o delegado Antenor Martins Júnior, da 12ª DP.

Roubo e tentativa de homicídio

De acordo com Martins Júnior, os três suspeitos vão responder por roubo triplamente qualificado e tentativa de homicídio. A pena pode chegar a 20 anos. “Eles serão transferidos para a Polinter. Todos já tinham passagem pela polícia por crimes contra o patrimônio. Um deles estava em liberdade condicional”, revelou.

“Vamos continuar investigando. Eles chegaram a pegar joias e dinheiro das vítimas, mas tudo foi devolvido. Eles admitiram que praticam esse tipo de roubo com frequência pela Zona Sul carioca”, disse Martins.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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