domingo, 20 de setembro de 2009

Mais de 600 pessoas participam de protesto pelo fim da violência no Complexo da Maré

Rio - Mais de 600 pessoas participaram na manhã deste domingo do ato

Outra Maré é possível — Pela valorização da vida e o fim da violência.

O movimento é uma reação à violência que tem provocado mortes na Maré, Zona Norte do Rio, tanto em confrontos policiais como em conflitos entre traficantes de drogas.

Uma cerimônia religiosa deu início ao protesto na Igreja São José Operário, na Vila dos Pinheiros, de onde os manifestantes partiram em caminhada pela Maré.

O percurso incluiu as principais ruas das favelas Vila dos Pinheiros, Vila do João, Conjunto Esperança e Salsa e Merengue — que, há quatro meses, sofrem diretamente com a disputa de território entre facções rivais.

Com um carro de som e a percussão do bloco 'Se benze que dá', a caminhada — com bandeiras de vários países simbolizando a união dos povos — durou duas horas.

No auto-falante, músicas religiosas se misturaram a palavras de ordem e a sambas, todos com letras de valorização da paz e da vida.

Houve ainda atividades de arte para as crianças, que produziram faixas pedindo o fim da violência.

“É muito importante esse tipo de manifestação. Tinha que ter muito mais, uma vez por mês pelo menos seria bom, mas para mudar as coisas tinha que ter mais investimento em educação e saúde”, disse o vendedor Wesckley, de 27 anos, morador do Conjunto Esperança.

Buracos de balas nas paredes e cápsulas pelo chão eram os sinais concretos da violência observados durante todo o percurso.

O último tiroteio ocorreu na tarde de sábado.

O DIA ONLINE - RIO

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