quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Parentes de vítimas do voo 447 reclamam da falta de atestado de óbito

Associação de familiares vai entrar com pedido para agilizar documentos.
O voo, que fazia o trajeto Rio-Paris, provocou a morte de 58 brasileiros.

Liana Leite Especial para o G1, no Rio

Quase quatro meses após o acidente do voo 447, que caiu no Oceano Atlântico, matando 228 pessoas, a maioria das famílias de vítimas brasileiras ainda não recebeu os atestados de óbito de seus parentes. O voo, que fazia o trajeto Rio-Paris, provocou a morte de 58 brasileiros.

O presidente da Associação dos Familiares das Vítimas do Voo AF 447, Nelson Faria Marinho, que representa cerca de 30 famílias, vai a Brasília, na semana que vem, entrar com pedido para agilizar a liberação da documentação junto ao Ministério da Justiça.

“Pelos trâmites normais, as famílias demorariam dois anos para receber esses atestados, o que as impede de dar continuidade às suas vidas após essa tragédia”, explica o presidente.

Audiência pública no Senado

Ainda segundo Nelson Marinho, no dia 29 de setembro, a associação participará de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

“Nosso objetivo é discutir a situação que estamos vivendo. A falta da documentação não é o único problema.

Também estamos sendo discriminados pelo governo francês, além de não estarmos recebendo auxílio médico nem psicológico”, explica Nelson.

Ele reclama que representantes do Bureau D'Enquetes et Analyses (BEA), órgão francês que investiga o acidente, deu palestras na França e na Alemanha, mas não veio ao Brasil.

Queremos esclarecimentos sobre o acidente. Vamos pedir auxílio às autoridades brasileiras para identificar de quem foi a responsabilidade. Queremos justiça. Foi um crime que não pode ficar impune”, diz o presidente.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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