quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Cresce adesão de bancários do Rio à greve, diz sindicalista

Número teria subido de 110 para 240 agências na tarde desta quinta.
Sindicato diz que, sem proposta patronal, greve não tem data para acabar.
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Liana Leite Especial para o G1, no Rio

Aumentou na tarde desta quinta-feira (24) o número de agências bancárias com as portas fechadas no Rio. As informações são do presidente do sindicato dos bancários, Almir Aguiar. A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) informou que não faz esse tipo de contagem.

Os grevistas anunciaram que, sem nova proposta, a paralisação não tem data para terminar. Segundo Aguiar, a adesão à greve teve aumento de mais de 100%. “Na parte da manhã, 110 agências haviam aderido à greve. À tarde, o número passou a 240”, afirmou. A maior parte delas fica no Centro do Rio.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), a decisão pela greve foi tomada após ser rejeitada a oferta da Febraban de reajuste salarial de 4,5%, que repõe as perdas somente com a inflação dos últimos 12 meses.
A Febraban informou que o sindicato dos bancários não apresentou contraproposta.

O presidente do sindicato dos bancários afirma que a paralisação é por tempo indeterminado. "Enquanto a Febraban não apresentar nova proposta, a greve continua", disse.

Decisão em assembléias

Segundo a Contraf, a decisão de entrar em greve foi tomada em assembléias realizadas pelos bancários na quarta-feira (23) à noite em todas as capitais e no Distrito Federal, e na grande maioria das bases sindicais do interior.

De acordo com a entidade, os trabalhadores têm as seguintes reivindicações: aumento real de salário, maior participação nos lucros, valorização dos pisos salariais, garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho.

“É inadmissível que os bancos, com seus altos lucros e com o pagamento de bônus milionários a seus executivos, queiram reduzir os salários e a participação nos lucros dos bancários", diz Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

G1 > Economia e Negócios

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