terça-feira, 29 de setembro de 2009

Bandidos invadem prédio e fazem 23 pessoas refém em Copacabana

Três bandidos armados invadiram o edifício Solar da Prata, na rua Francisco Otaviano, em Copacabana, na manhã desta terça-feira. Depois de renderem o porteiro, eles fizeram 18 moradores, dois funcionários e três pedreiros de reféns. Todos foram trancados em um dos apartamentos do primeiro andar. Antes mesmo que a Polícia Militar chegasse para fazer um cerco na rua, o trio conseguiu escapar, depois de levar dinheiro e jóias de cinco apartamentos.

Por volta de 7h45 um dos bandidos tocou o interfone se identificando como funcionário da Companhia Estadual de Gás (CEG). Ele estava com uma prancheta na mão. Quando o porteiro abriu a portaria foi rendido. Cada morador que ia descendo para trabalhar era rendido e colocado em um quarto dos funcionários.
Quando os bandidos já haviam rendido mais dez moradores, resolveram levá-los para um apartamento do primeiro andar. Enquanto dois ladrões cuidavam dos reféns, um deles, armado com um revólver, percorria os apartamentos, de onde retirava dinheiro, celulares, relógios e jóias.

O comandante do 23º BPM (Leblon), coronel Sérgio Alexandre Rodrigues, disse que a polícia só foi acionada após as 9h. Isso, segundo ele, contribuiu para que os bandidos fossem embora antes da chegada dos policiais. Com a notícia de que um morador estava sendo mantido refém, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), com equipes especializadas em resgate, foram acionados. O oficial acredita que a ação dos bandidos tenha sido planejada anteriormente, já que, depois de entrar no prédio, eles perguntaram pelo nome de um morador.

Reféns contam os momentos de tensão que viveram

Durante quase duas horas os policiais vasculharam os sete andares do edifício. O prédio de um laboratório clínico também foi vistoriado. Ainda sem saber se os bandidos haviam escapado ou não, moradores jogavam bilhetes pelas janelas. Em um deles foram colocadas as características dos ladrões. Segundo o morador, um era de cor negra e os outros dois pardos. Um aparentava ter 1,70 metros.

Um dos pedreiros chegou a levar uma coronhada com o cano do revólver de um dos marginais. Os moradores contaram que o tempo todo eles pareciam muito nervosos e faziam ameaças.

- Eles falavam que iam cortar nossos dedos. Ameaçavam fazer mal o tempo todo - disse a dona
de casa Ruth Salgado.
A escritora Mariana Barcelos, de 28 anos, contou que os bandidos fotografaram os reféns com seus celulares, fazendo ameaças de que voltariam, caso alguém resolvesse denunciar.

- Fiquei preocupada porque meu irmão, que é excepcional, ficou dormindo no quarto. Mas minha mãe pediu para eles não fizessem nada com ele. Como estávamos trancados, não tinhamos certeza de nada - contou.

Os reféns ficaram por mais de uma hora trancados nos quartos do apartamento do engenheiro
Elias Mansur, de 55 anos. Ele foi o primeiro morador a ser rendido na portaria, quando voltava de um passeio com a sua cachorra.

Caso de Polícia - Extra Online

Nenhum comentário: