terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sobem para 8 feridos em confronto entre PMs e professores

Professores fizeram passeata antes de votação na Alerj, no Centro.
Dois professores foram presos e PM ficou ferido.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Foto: Marcelo Piu / Agência O Globo

Policiais e professores entram em confronto durante manifestação no Centro do Rio (Foto: Marcelo Piu / Agência O Globo)

O número de feridos durante um confronto entre policiais militares e professores, na tarde desta terça-feira (8) chega a oito, segundo o Sindicato estadual dos Profissionais de Educação (Sepe). O confronto aconteceu em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro.

De acordo com o Sepe, quatro feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro, e outros quatro professores teriam sido atendidos no centro médico da Alerj. A assembleia informou que fez dez atendimentos no centro médico, e que cinco professores foram encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar, feridos por estilhaços.

Outros três professores e dois estudantes ficaram com os olhos irritados depois de serem atingidos por spray de pimenta.  Um fotógrafo, que fazia a cobertura do ato para a imprensa também foi ferido por estilhaços.

Presos

A Polícia Militar informou que dois professores foram presos por desacato, sendo levados para a 5ª DP e 1ª DP. Um policial militar foi ferido no braço e encaminhado para o Hospital Central da PM.
O Sepe informou, ainda, que o protesto é contra o projeto de lei de autoria do governador Sérgio Cabral.

Segundo o Sepe, o tumulto aconteceu na chegada da passeata às escadarias da Alerj, quando a PM utilizou de força excessiva para desocupar a rua e cortar o som do carro de som utilizado pelo Sepe para comandar a manifestação. A manifestação foi programada para ocorrer nas escadarias da Assembleia Legislativa. Na confusão, os policiais fizeram uso de bombas de efeito moral e deram tiros com balas de borracha, além de agredirem diversos manifestantes.

A  PM informou que a manifestação está sendo monitorada pelos 13º BPM (Praça Tiradentes) e pelo Batalhão de Choque. Em dado momento, um manifestante teria desacatado uma guarda municipal e iniciou-se um tumulto, com pedras sendo atiradas contra os agentes de segurança.

Ainda segundo a PM, o tumulto foi controlado. A manifestação continua e está sendo monitorada pela PM.

Projeto de lei

Dentro da Assembleia, parlamentares votariam a proposta do governo de incorporar o Nova Escola - programa de gratificação dos professores implantado na gestão do ex-governador Anthony Garotinho - ao vencimento-base de todos os servidores da Educação.

Antes da votação, secretários de governo tentaram fazer um acordo com lideranças dos partidos para que o projeto fosse aprovado.

Rua parada por dez minutos

O projeto de lei determina que, a partir do próximo mês de outubro, a gratificação seja gradativamente absorvida pelos vencimentos dos professores das secretarias de Educação e de Cultura do estado.

Pela proposta do governo, a gratificação seria incorporada ao salário em sete parcelas. Um professor que hoje ganha pouco mais de R$ 580, passaria a ganhar quase R$ 920 a partir de 2015.

Os professores reclamam de outro ponto do projeto que reduz de 12 para 7,5% o aumento a cada cinco anos de trabalho.

A passeata saiu da Candelária e ocupou metade das avenidas Rio Branco e Almirante Barroso. A Rua Primeiro de Março ficou interditada por dez minutos para que os manifestantes pudessem chegar à assembleia.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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