Recém-nascido foi deixado num saco plástico e encontrado por pitbull.
Mãe biológica responde a processo criminal por homicídio qualificado.
Alícia Uchôa Do G1, no Rio
Os pais adotivos, Márcia e Carlyle, no quarto do bebê, com o berço vazio (Foto: Arquivo Pessoal)
Dois dias depois de ter que entregar à Justiça o filho adotivo de 8 meses, Carlyle Marriott e a família não se conformam. Por uma decisão da 20ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio, o bebê foi devolvido aos avós biológicos do menino, que reivindicaram a sua guarda.
Num caso que teve repercussão, o então recém-nasicdo foi abandonado num terreno baldio, em dezembro passado, no bairro de Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, e foi encontrado por um pitbull. A suposta autora do crime seria a mãe biológica, que vai a júri popular.
“É um retrocesso total, uma insensibilidade. Estamos na idade da pedra. Seria melhor que ele ficasse num abrigo do que voltar para o convívio dessas mulheres. É como se o devolvessem à mãe, já que ela mora na mesma casa que os pais”, desabafou o advogado, de 47 anos. As mulheres a que ele se refere são a mãe e a tia biológica da criança, que teriam deixado a criança dentro de um saco plástico, num matagal.
Segundo a assessoria do TJ, a mãe enfrenta um processo criminal por homicídio qualificado. Ela esteve presa, mas responde às acusações em liberdade desde o início de julho e deverá ir a júri popular.
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