terça-feira, 4 de agosto de 2009

Governo do Rio diz que foi 'lamentável' atitude da CSN sobre vazamento

Marilene Ramos disse nesta terça (4) que empresa subestimou acidente.
Análise mostra que não houve alteração na qualidade da água, diz CSN.

Do G1, no Rio

 

A secretária de estado do Ambiente, Marilene Ramos, disse nesta terça (4) que considerou “lamentável” o vazamento registrado em Volta Redonda, no Sul Fluminense, causado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). 
A secretária disse que a empresa subestimou o acidente – o segundo registrado em 40 dias. De acordo com ela, a CSN só se pronunciou quase 48h após o vazamento ser registrado.

Marilene informou que foi a Volta Redonda participar da coleta de amostras. Ela ressaltou que a CSN será multada. O valor pode chegar a R$ 50 milhões.

Primeiras análises

A CSN informou, por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar sobre as declarações da secretária.

No entanto, a companhia informou os resultados das primeiras análises mostram que não há alteração na qualidade da água. De acordo com a assessoria da CSN, o material ficou pronto no início da noite desta terça e já foi enviado aos órgãos competentes. A coleta no Rio Paraíba foi feita em dois pontos: antes e depois da Usina Presidente Vargas, extensão onde a mancha foi localizada.

Técnicos colheram amostras

Técnicos e autoridades do Instituto estadual do Ambiente (Inea), órgão da Secretaria estadual do Ambiente do Rio, foram nesta terça a Volta Redonda, no Sul Fluminense, para colher amostras de água do Rio Paraíba do Sul, atingido por um vazamento causado pela CSN.

O objetivo dos técnicos é analisar os impactos ambientais causados pelo derramamento. Após o resultado das amostras, a CSN pode receber multas por dano ao meio ambiente e por não ter notificado o Inea sobre o vazamento.

Segundo o órgao estadual, moradores de Pinheiral, também no Sul Fluminense, denunciaram o vazamento numa tubulação, que teria começado no domingo (2). 

CSN diz que vazamento está controlado

A CSN informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que uma equipe está no local monitorando a mancha de óleo e que o vazamento está controlado. Segundo a companhia, barreiras de contenção foram instaladas para evitar que o material se espalhe, mas ainda não há informações sobre a origem e a dimensão do vazamento.

Leia abaixo a nota da empresa divulgada nesta terça-feira:

"A CSN informa que o vazamento de óleo carboquímico na Usina Presidente Vargas já foi estancado durante esta madrugada e está controlado. Imediatamente após o início do vazamento, a empresa reforçou ações de contenção, com a instalação de barreiras adicionais àquelas instaladas de forma preventiva e permanente com este objetivo. As novas barreiras foram colocadas e mantidas no Rio Paraíba do Sul, na altura do emissário principal da Usina, para impedir que o óleo ainda remanescente se encaminhe para o rio". 

G1 > Edição Rio de Janeiro

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