domingo, 2 de agosto de 2009

Falta de vaga em CTI infantil impede que criança baleada seja transferida

Ministério da Saúde diz que buscou leitos em hospitais públicos e privados.
Menina foi atingida na cabeça por bala perdida e irá para CTI adulto.

Do G1, no Rio

 

Por falta de uma vaga de CTI infantil em hospitais públicos e privados do Rio, a menina Herlen de Souza, de 7 anos, atingida na cabeça por uma bala perdida neste sábado (1°), na Zona Norte do Rio, terá que permanecer internada no Hospital do Andaraí.

Ela será transferida da emergência infantil para um leito no CTI adulto, mas será atendida com equipamentos adaptados para crianças. Seu estado de saúde é grave, mas estável.
Segundo o Ministério da Saúde, inicialmente ela seria transferida para o Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense, mas o leito acabou ocupado por outra criança em estado grave. Com isso, o coordenador da rede de hospitais federais no Rio, Oscar Berro, buscou uma vaga em unidades de toda a rede pública – incluindo unidades estaduais e municipais – mas em nenhuma haveria leito disponível em CTI infantil.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Berro chegou a autorizar o pagamento de uma internação em CTI de hospital particular, mas também não teriam sido encontradas vagas disponíveis.

Menina está consciente

Herlen está consciente e os médicos vão aguardar as primeiras 48 horas para avaliar seu quadro clinico. A bala está alojada na nuca e não teria atingido partes consideradas vitais, como a medula. O Ministério da Saúde informou ainda que vai continuar tentando vaga num CTI infantil.
A menina foi baleada no fim da manhã deste sábado. Ela e Mônica Silva da Conceição, de 13 anos, estavam perto de casa na hora do tiroteio. As vítimas foram socorridas por parentes e amigos e levadas para o Hospital do Andaraí. Mônica foi atingida de raspão no braço e já teve alta. Moradores disseram que, na hora do tiroteio, PMs foram vistos no Morro do Andaraí.
“Ninguém pôde identificar se realmente foi tiro de policial”, disse Edson Dias, presidente da Associação de Moradores.
A policia militar informou que os tiros partiram de quadrilhas rivais e que quando policiais que patrulhavam os acessos à favela subiram o morro, as crianças já tinham sido feridas.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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