sábado, 1 de agosto de 2009

Acusados de matar diretor de Bangu 3 ficarão mais seis meses no Mato Grosso do Sul

POR ADRIANA CRUZ, RIO DE JANEIRO

Os acusados de matar o diretor de Bangu 3, o tenente-coronel José Roberto do Amaral Lourenço, vão permanecer pelo menos mais seis meses longe do Rio. O juiz da Vara de Execuções Penais, Rafael Estrela, decidiu, nesta sexta-feira, que os traficantes Adair Marlon Duarte, o Aldair da Mangueira, e Ronaldo Pinto Lima e Silva, o Ronaldinho Tabajarás, devem permanecer no presídio de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
"O direito individual do apenado (de cumprir a pena no local da condenação) deve ceder diante do direito constitucional social a segurança pública", escreve o juiz na sua decisão.
Para o juiz, o sistema prisional carioca ainda oferece perigo e, por isso, os presos devem ser mantidos longe do estado.
"É do conhecimento de todos a grave situação de insegurança atualmente vivenciada pela sociedade, com índices de criminalidade que ultrapassam o limite do razoável. Sabe-se, também, que muito embora haja o esforço dos agentes estatais, as facções criminosas ainda assim conseguem comandar seus atos de dentro das unidades prisionais, pondo em risco a própria segurança interna dos presídios como também de toda a coletividade.
Na terça-feira, o juiz da 5ªVara de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, determinou à volta dos criminosos ao Rio de Janeiro, acusados de terem ordenado a morte do diretor de Bangu 3, tenente-coronel, José Roberto do Amaral, em outubro do ano passado. Para reveter a decisão de Estrela, Danton terá que recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Pela manhã, por volta das 7h, Aldair da Mangueira embarcou para Campo Grande. Ele chegou ao Rio ontem para participar de audiência na 2ª Vara Crimanal de Bangu. Após a audiência, foi levado para a Superintendência da Polícia Federal onde passou à noite. Ontem, pela manhã, retornou ao Mato Grosso do Sul.
Isaías do Borel, My Thor e Fu da Mineira de volta a Catanduvas
Três dos mais perigosos presos do Rio - Isaías da Costa Rodrigues, o Isaías do Borel; Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor; e Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fu da Mineira -  que não foram aceitos de volta no estado retornaram ao presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.
O avião com os três pousou na última terça-feira às 23h no Rio, mas os criminosos não puderam desembarcar. O Tribunal de Justiça do estado, por meio da Vara de Execuções Penais, impediu a execução da medida da Justiça paranaense, determinando que o governo estadual impedisse o desembarque dos presos, que ficaram algumas horas alojados em uma área militar no Aeroporto Santos Dumont, no Centro.
O grupo cumpria pena no presídio de segurança máxima de Catanduvas, desde 2007, porque é acusado de comandar de dentro de uma cadeia do Rio ações violentas na cidade às vésperas do réveillon de 2006 e da posse do governador Sérgio Cabral. Eles foram transferidos para Catanduvas como medida de socorro ao estado do Rio por 120 dias, período que foi prorrogado por dois anos, prazo superior ao que determina a lei.

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