sexta-feira, 27 de março de 2009

Termina greve de ônibus em cinco municípios do RJ

Trabalhadores entraram em acordo e terão 7% de reajuste.
Paralisação atingiu um milhão de pessoas nesta sexta-feira.

Do G1, no Rio

 

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Passageiros lotam terminais das Barcas na Praça XV (Foto: Tássia Thum / G1)

Os rodoviários de cinco municípios do estado do Rio anunciaram na noite desta sexta-feira (27) o fim da greve que atingiu cerca de um milhão de pessoas em Niterói, São Gonçalo e Tanguá, na Região Metropolitana, e em Maricá, na Região dos Lagos. De acordo com Joaquim Miguel, presidente do sindicato da categoria, a decisão foi tomada após a decisão da Justiça de que pelo menos 40% dos ônibus deveriam atender a população durante a paralisação.
“Não tínhamos como garantir isso. A juíza arbitrou multa de R$ 10 mil até 5h de sábado e, a partir disso, seria de R$ 100 mil por dia caso isso fosse descumprido”, explicou Joaquim Miguel Soares.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) informou ainda que, de acordo com decisão da Justiça, caso a greve não terminasse nesta sexta seria instaurado dissídio coletivo e os trabalhadores poderiam ficar com reajuste de apenas 6,25%, além de perder algumas cláusulas já estabelecidas em acordos com as empresas.

Reajuste será de 7%

Com isso, segundo Miguel, o sindicato decidiu entrar em acordo com o sindicato patronal, garantindo o reajuste de 7% - os trabalhadores pleiteavam 10% - além de aumento de 10% na cesta básica, que passou a ser de R$ 60 mensais. Haverá ainda reajuste de 10% no auxílio-uniforme, que é de R$ 60 a cada quatro meses. Segundo ele, cerca de 15 mil rodoviários trabalham na região. O reajuste será retroativo a 1º de março.
Somente pela manhã a circulação dos ônibus começará a ser normalizada, período em que o acerto dos horários dos trabalhadores será feito.

Fluxo maior nas barcas

A greve contribuiu para o aumento de até 40% do fluxo de passageiros nas barcas que operam entre o Centro de Niterói e a Praça XV.

As informações são da Barcas S.A,  concessionária que administra o serviço, que disponibilizou para a noite desta sexta-feira três horários extras no itinerário Praça XV – Centro de Niterói e um horário adicional no trajeto Praça XV – Charitas.

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Motoristas enfrentaram congestionamento por causa da greve de ônibus em Niterói (Foto: Tássia Thum/G1)

Segundo a Barcas S.A, as embarcações com destino ao Centro de Niterói operam com intervalos de 15 minutos ate as 19h. Ás 17h15, 18h15 e 19h15 saem as barcas extras com destino ao Centro de Niterói.

A assessoria das barcas estima que o movimento no sentido Niterói aumente a partir das 18h30. A movimentação na Praça XV era intensa por volta das 17h30.

Trânsito congestionado na Ponte Rio-Niterói

O trafego era lento na Ponte Rio-Niterói, no sentido Niterói, no início da noite. Os motoristas enfrentavam retenções na subida da Ponte, na Grande Curva e da Ilha de Mocanguê até a Praça do pedágio.
O trânsito também era muito complicado nos acessos a Ponte. A Avenida Rodrigues Alves e o Elevado da Perimetral apresentam congestionamentos.

Greve atinge cerca de 1 milhão de pessoas

A greve de ônibus atingiu cerca de um milhão de pessoas. A estimativa é da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio de Janeiro (Fetranspor).

De acordo com a Fetranspor, 12 ônibus teriam sido depredados em frente às garagens: três da Viação Pendotiba, em Niterói, seis da Rio Ita e três da Tanguá, ambas em São Gonçalo. O sindicato, no entanto, afirma que desconhece e que é contra manifestações violentas no movimento.

Reforço policial

Por precaução, a Polícia Militar reforçou o policiamento no Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói. Lá, a situação é tranquila, apesar de algumas filas. Pelo menos quatro empresas estão com ônibus circulando.
No ponto de vans, que fica próximo ao terminal, o movimento é intenso. Segundo usuários, algumas vans, como por exemplo a que faz a linha Jurujuba-Centro, aproveitaram para lucrar durante a greve e aumentaram a tarifa de R$ 1,60 para R$ 2.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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