terça-feira, 31 de março de 2009

PM investiga participação de 17 policiais em grupos de milicianos na Região dos Lagos

Fernando Torres - Extra

RIO - Segurança privada irregular, serviço clandestino de TV a cabo e ameaças de morte. Esta é a lista de crimes supostamente cometidos por policiais militares - entre eles, oficiais - na Região dos Lagos. A investigação, que denuncia homens de quatro batalhões e da Diretoria de Inativos e Pensionistas (DIP), foi iniciada a partir de um inquérito instaurado, há dois anos, por determinação da 2ª Promotoria de Justiça da Auditoria Militar. De acordo com relatório encaminhado ao comandante-geral da PM, Gilson Pitta Lopes, até agora, dois cabos do 32º BPM (Macaé) foram indiciados. Outros 15 policiais e um ex-PM ainda estão sendo investigados.

Segundo o documento reservado, um dos cabos citados na investigação foi contratado para fazer a segurança e instalar redes clandestinas de TV em três condomínios de Cabo Frio. Escutas telefônicas revelaram que ele mantinha um relacionamento comercial com um soldado responsável por encomendas de materiais usados no sistema. A quebra dos sigilos bancário e fiscal do cabo PM mostrou que sua conta recebeu valores incompatíveis com a remuneração como policial.

O relatório cita uma ampliação das ações do grupo, que atuaria em ramos variados. De acordo com processo que tramita na comarca de Casimiro de Abreu, outros três cabos são acusados de ameaçarem de morte um casal. Eles teriam recusado uma proposta feita pelos policiais, que pretendiam receber receber dinheiro para garantirem a segurança de um loteamento em Barra de São João.

O inquérito aponta ainda um esquema de favorecimento de um ex-comandante do 25º BPM (Cabo Frio), que teria acobertado as ações de milicianos e recebido R$ 40 mil para proteger o patrimônio de uma empresa de ônibus.

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