terça-feira, 24 de março de 2009

PM é baleado perto de hospital na Zona Sul do Rio

 

 

 

 

Policial teria sido ferido por criminosos que passaram de carro atirando.
Mais cedo, quatro suspeitos foram mortos em tiroteio em Copacabana.

Do G1, no Rio

Um policial militar foi baleado na noite desta segunda-feira (23) perto do Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, o soldado José Carlos da Silva, do 23º BPM (Leblon), teria sido ferido por criminosos que passaram de carro atirando.

O policial foi atingido de raspão na costela e no braço. De acordo com o coronel Marcus Jardim, do 1º Comando de Policiamento de Áreas (CPA), há informações de que ele teria sofrido um ataque de criminosos da Rocinha que estariam fugindo da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na Zona Sul da cidade.

Mais cedo, durante uma operação policial na Ladeira dos Tabajaras,12 suspeitos foram presos e um outro morreu. Os confrontos entre criminosos da Rocinha e da Ladeira começaram no sábado à noite (21) e se intensificaram nesta segunda-feira.

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Quatro mortos em rua de Copacabana

No início da noite desta segunda, quatro homens que seriam criminosos morreram e outros três ficaram feridos em uma troca de tiros na Rua Santa Clara, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, ainda segundo o coronel Marcus Jardim.

De acordo com testemunhas, criminosos tentaram roubar um carro na rua, uma das mais movimentadas do bairro, quando foram vistos por policiais militares. Houve troca de tiros no local. Parte do comércio nas ruas Santa Clara, Figueiredo de Magalhães e Tonelero foi fechado. De acordo com a PM, o Túnel Velho, uma das ligações entre Botafogo e Copacabana, e o Túnel Major Rubens Vaz, ambos próximos ao local do tiroteio, chegaram a fechar, mas já reabriram.

Os homens que foram mortos também seriam criminosos da Rocinha, que estariam saindo da Ladeira dos Tabajaras.

Operários reféns

A polícia informou que para fugir da operação na Ladeira dos Tabajaras, três suspeitos fizeram de reféns cinco operários de uma obra no fim da Rua Macedo Sobrinho, no Humaitá, também Zona Sul. Os suspeitos queriam trocar de roupa com os operários e passar despercebido pelas ruas.

Segundo a PM, os suspeitos foram interceptados no início da tarde desta segunda-feira (23), por volta das 14h. Um dos homens dava uma "gravata" em um trabalhador, enquanto o segundo já usava um capacete de proteção e o terceiro ainda carregava um fuzil.

O comandante do 23º BPM (Leblon), o tenente-coronel Henrique Lima de Castro Saraiva, negociou com os criminosos para conseguir libertar os operários. Lima de Castro disse a eles que caso se entregassem, seriam levados para delegacia. Houve tiroteio no local e muitos motoristas ficaram assustados.

Ampliar Foto Foto: Aluizio Freire/G1 Foto: Aluizio Freire/G1

Os presos na operação foram levados para o batalhão de Botafogo (Foto: Aluizio Freire/G1)

Segundo os PMs, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) subiu no fim da tarde desta segunda a Ladeira à procura de suspeitos que ainda possam estar escondidos na mata que liga a favela à Rua Sacopã, já na Lagoa, também na Zona Sul do Rio, onde há outra favela.

Apreensões

A operação da Polícia Militar contou com 120 homens de 11 batalhões diferentes. Até o fim da tarde desta segunda, foram apreendidas sete pistolas, três espingardas, uma carabina, um fuzil e nove granadas.

Segundo a PM, o confronto começou na noite de sábado (21) quando de 20 a 30 traficantes da Rocinha, na Zona Sul, teriam invadido a Ladeira dos Tabajaras na tentativa de controlar pontos de venda de drogas.

Vítimas

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Veja onde foi o conflito (Foto: Arte G1)

Nesta segunda, um homem que fazia a segurança da Rua Casuarina, no Humaitá, ficou ferido no abdômen durante uma troca de tiros. Ainda não há informações se a vítima chegou a trocar tiros com criminosos.

Também no Humaitá, uma bala perdida atingiu o apartamento de uma arquiteta, durante esta tarde. A informação foi dada pela mãe da vítima, que disse que o tiro entrou na casa da filha na hora do tiroteio na Ladeira dos Tabajaras.

Segundo ela, a faxineira estava no apartamento na hora, mas ela não ficou ferida. O tiro acertou o vidro da janela da sala e parte da persiana. Ela, que é moradora do Jardim Botânico, disse ter ouvido muitos tiros durante a madrugada.

Tiros pela manhã

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Morador do Humaitá mostra a bala que atingiu a sua casa (Foto: Tássia Thum / G1)

Durante a manhã, uma intensa troca de tiros assustou os moradores da Lagoa, do Humaitá e de Copacabana. Veja imagens mostram tiroteio na Sacopã

Policiais do 19º BPM (Copacabana) e do 23º BPM (Leblon) foram até os acessos à Ladeira dos Tabajaras para tentar prender criminosos.
De acordo com os policiais, traficantes se esconderam na mata no final da Rua Sacopã, na Fonte da Saudade, Lagoa, que, cruzando a mata, permite o acesso à Ladeira dos Tabajaras.

Pânico no Humaitá e Lagoa

A troca de tiros de armas pesadas entre os traficantes assustou moradores das ruas do Humaitá e da Lagoa

 

Tiroteio assusta moradores na Ladeira dos Tabajaras

 

Um morador do Humaitá, que não quis se identificar, teve seu apartamento atingido por um tiro de fuzil.
“Fiquei muito assustado com o tiroteio. Moro aqui há 32 anos e nunca vi coisa parecida, a impressão era que os tiros eram disparados na esquina da minha casa”, contou o morador.
Nesta segunda, o confronto foi o principal assunto entre os moradores e os comerciantes da Rua Fonte da Saudade. Segundo o jornaleiro Francisco Mesquita, muitos moradores comentaram que trocaram de quartos e se jogaram no chão com medo dos disparos.

O vigilante Manoel Drager trabalha há quatro anos fazendo a segurança da Rua Vitória Régia, esquina da Rua Sacopã . Ele diz que escutou tiros e granadas na madrugada desta segunda-feira (23)
“A situação está complicada, está todo mundo assustado com os tiros e granadas. O principal medo dos moradores é que os criminosos fujam pela mata e comecem a assaltar na região” disse o vigilante.

 

 

G1 > Edição Rio de Janeiro - NOTÍCIAS

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