sexta-feira, 13 de março de 2009

Renato do Posto, pai do do prefeito de Guapimirim, é executado

Marcos Nunes - Extra

Pai do prefeito de Guapimirim, Júnior do Posto, e atual secretário de planejamento da cidade, Renato de Costa Melo, o Renato do Posto, foi assassinado, ontem, com dois tiros na cabeça, no Bairro Parque das Águas, região nobre do município.

Ex-deputado estadual, Renato foi morto por dois homens armados, que invadiram sua casa e o amarraram em uma cadeira. Imagens feitas por circuito de segurança podem ter flagrado a execução. A polícia trabalha com a hipótese de que o assassinato tenha uma motivação política.

- As características de crime de roubo não são muitas. Então, a tendência seria de a investigação apontar para crime por motivação política. Mas, isso ainda é uma linha - disse o delegado Márcio Caldas, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

Os bandidos que mataram o secretário de Planejamento estavam encapuzados e usavam luvas e camisas de mangas compridas.

A dupla teria passado a madrugada em uma casa abandonada, ao lado da residência do pai do prefeito de Guapimirim, onde os policiais recolheram uma lata de cerveja. Por volta das 9h, eles usaram uma escada para escalar um muro, que fica ao de um terreno baldio ao lado da casa da vítima.

O caseiro Pedro Carlos Pereira da Costa, de 32 anos, que havia acabado de chegar foi rendido e amarrado em um dos quatro quartos da casa, mas não foi ferido.

Rendido enquanto dormia
Surpreendido quando estava no quarto, dormindo de cuecas e de pijama, Renato do Posto acabou sendo rendido. Um dos bandidos rasgou um lençol e amarrou as mãos e os pés da vítima.

Pressionado pelo invasor, ele teria falado que havia dinheiro dentro do seu carro, um Mitsubishi Pajero. O bandido recolheu alguma coisa no veículo e retornou ao quarto. A polícia não sabe se havia dinheiro no carro.

Em seguida, o criminoso colocou um travesseiro no rosto da vítima e disparou dois tiros. Antes de fugir, a dupla deixou para trás um cordão de ouro e uma arma que pertencia ao político. Para o ex-prefeito Nélson do Posto, irmão de Renato, o que aconteceu foi uma execução.

- Foi a política da vida. É complicado ser um homem público. Meu irmão pode ter desagradado alguém - disse Nélson do Posto.

Dez cães guardavam a residência, mas na hora do assassinato, os animais estavam presos. Um rabecão permaneceu parado por duas horas no local do crime. Mesmo assim, o corpo do secretário foi removido em uma ambulância.

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