segunda-feira, 2 de junho de 2008

Procuradoria acusa Rosinha de receber doação da máfia do jogo, diz jornal

Informação está em reportagem da Folha de São Paulo desta segunda (2).
Assessoria de Rosinha nega acusações e diz que contas foram aprovadas pelo TRE.

Do G1, no Rio .

A Procuradoria Regional da República, na Operação Segurança Pública S/A, acusa a ex-governadora do Rio, Rosinha Matheus, e o deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins (PMDB), de terem recebido doações ilegais de quadrilhas de máquinas caça-níqueis e do jogo do bicho. As informações são do jornal Folha de São Paulo desta segunda-feira (2).

Rosinha é mulher do ex-governador Anthony Garotinho, denunciado na Operação Segurança Pública S/A, que levou à decretação da prisão de dez pessoas semana passada. A ação desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção.
Segundo a reportagem da Folha, as doações teriam ocorrido entre 2001 e 2002, ano em que Rosinha se elegeu governadora. Ela aparece como uma das maiores beneficiárias das contribuições não declaradas à Justiça, tendo recebido R$ 1,6 milhão. O deputado Álvaro Lins - preso quinta-feira (29) e solto no dia seguinte por decisão do plenário da Assembléia Legislativa – teria recebido R$ 35 mil, segundo a reportagem da Folha.

Ainda de acordo com a reportagem, os valores constam em documentos apreendidos durante uma operação realizada no ano passado pela Polícia Federal na casa do "principal contador da máfia dos caça-níqueis e do jogo de bicho", segundo o Ministério Público Federal.

“Verificou-se, ainda, com base nos documentos apreendidos no curso da Operação Hurricane, que Álvaro (Lins), bem como diversos outros políticos desse Estado, dentre eles a ex-governadora Rosinha, esposa do co-denunciado Garotinho, recebiam contribuições financeiras de quase todos os bicheiros do Rio (...)”, diz a denúncia.

Segundo a reportagem, os procuradores ainda afirmaram que Lins dava como contrapartida da doação a proteção e não repressão das quadrilhas: “Em razão do já apurado em seu desfavor, revela-se como mais um indício de que a contrapartida de tais contribuições era, justamente, a não repressão dessa atividade ilícita”.

O G1 tentou entrar em contato com a assessoria da Procuradoria Regional da República, mas ninguém foi localizado.

A assessoria de Rosinha Matheus informou que a ex-governadora não recebeu nenhum dinheiro de origem ilícita e alega que as contas dela foram todas apresentadas ao TRE e aprovadas.

O advogado do deputado estadual Álvaro Lins, Manoel de Jesus Soares, informou que desde sexta-feira (30) não teve contato com seu cliente e diz que desconhece as denúncias publicadas nesta segunda-feira (2) na reportagem do jornal Folha de São Paulo. Ainda segundo ele, a preocupação inicial era colocar o deputado em liberdade e, somente a partir desta segunda, os advogados começarão a articular a defesa de Álvaro Lins.

G1 > Edição Rio de Janeiro.

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