Informação está em reportagem da Folha de São Paulo desta segunda (2).
Assessoria de Rosinha nega acusações e diz que contas foram aprovadas pelo TRE.
Do G1, no Rio .
A Procuradoria Regional da República, na Operação Segurança Pública S/A, acusa a ex-governadora do Rio, Rosinha Matheus, e o deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins (PMDB), de terem recebido doações ilegais de quadrilhas de máquinas caça-níqueis e do jogo do bicho. As informações são do jornal Folha de São Paulo desta segunda-feira (2).
Rosinha é mulher do ex-governador Anthony Garotinho, denunciado na Operação Segurança Pública S/A, que levou à decretação da prisão de dez pessoas semana passada. A ação desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção.
Segundo a reportagem da Folha, as doações teriam ocorrido entre 2001 e 2002, ano em que Rosinha se elegeu governadora. Ela aparece como uma das maiores beneficiárias das contribuições não declaradas à Justiça, tendo recebido R$ 1,6 milhão. O deputado Álvaro Lins - preso quinta-feira (29) e solto no dia seguinte por decisão do plenário da Assembléia Legislativa – teria recebido R$ 35 mil, segundo a reportagem da Folha.Ainda de acordo com a reportagem, os valores constam em documentos apreendidos durante uma operação realizada no ano passado pela Polícia Federal na casa do "principal contador da máfia dos caça-níqueis e do jogo de bicho", segundo o Ministério Público Federal.
“Verificou-se, ainda, com base nos documentos apreendidos no curso da Operação Hurricane, que Álvaro (Lins), bem como diversos outros políticos desse Estado, dentre eles a ex-governadora Rosinha, esposa do co-denunciado Garotinho, recebiam contribuições financeiras de quase todos os bicheiros do Rio (...)”, diz a denúncia.
Segundo a reportagem, os procuradores ainda afirmaram que Lins dava como contrapartida da doação a proteção e não repressão das quadrilhas: “Em razão do já apurado em seu desfavor, revela-se como mais um indício de que a contrapartida de tais contribuições era, justamente, a não repressão dessa atividade ilícita”.
O G1 tentou entrar em contato com a assessoria da Procuradoria Regional da República, mas ninguém foi localizado.
A assessoria de Rosinha Matheus informou que a ex-governadora não recebeu nenhum dinheiro de origem ilícita e alega que as contas dela foram todas apresentadas ao TRE e aprovadas.
O advogado do deputado estadual Álvaro Lins, Manoel de Jesus Soares, informou que desde sexta-feira (30) não teve contato com seu cliente e diz que desconhece as denúncias publicadas nesta segunda-feira (2) na reportagem do jornal Folha de São Paulo. Ainda segundo ele, a preocupação inicial era colocar o deputado em liberdade e, somente a partir desta segunda, os advogados começarão a articular a defesa de Álvaro Lins.
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