domingo, 1 de junho de 2008

Alerj: 33 deputados estão na mira da Justiça

Dos 70 parlamentares, 33 respondem a processos.
Eles são acusados de estelionato, improbidade, formação de quadrilha e homicídio.

Do G1, no Rio, com informações da Agência Estado

 

A Assembléia Legislativa do Rio enfrenta a maior crise de credibilidade de sua história recente. Dos 70 deputados, 33 estão na mira do Ministério Público Estadual, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e até do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que quer barrar candidaturas de políticos com antecedentes criminais. Quase metade dos integrantes eleitos em 2006 são denunciados por diversas acusações: estelionato, improbidade e até formação de quadrilha e homicídio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Recentemente, 14 deputados foram acusados de envolvimento na contratação de fantasmas para desviar benefícios; um passou a ser processado por suposto envolvimento com uma milícia; outro foi denunciado por homicídio; mais um chegou a ser preso por lavagem de dinheiro. Mas a Assembléia só cassou dois mandatos, de Jane Cozzolino (PTC) e Renata do Posto (PTB), e o preso foi libertado por iniciativa dos colegas.

No caso das contratações de fantasmas, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia pediu punição para oito deputados - outros três ainda estão sob investigação na Corregedoria. Mas o plenário só cassou dois. Os demais foram inocentados pelos colegas, embora ainda estejam sob investigação do Ministério Público Estadual ou da Justiça.

“Tive um trabalho danado, todo mundo me odiando, e a coisa não andou”, reclama o presidente do Conselho de Ética, Paulo Melo (PMDB). “É a mesma coisa que ser padre no inferno.”

No caso de seu colega Álvaro Lins (PMDB) - ex-chefe da Polícia Civil, preso em flagrante por lavagem de dinheiro pela Polícia Federal na quinta-feira, durante a Operação Segurança Pública S.A. -, porém, Melo se mobilizou para libertá-lo.

A Assembléia se reuniu na sexta-feira e aprovou projeto de resolução libertando-o no mesmo dia. Mas também determinou que a corregedoria da Casa investigue o caso para saber se Lins quebrou o decoro parlamentar.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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