sábado, 7 de junho de 2008

Combater milícias é tão importante quanto tráfico, diz Tarso

Genro admitiu necessidade de plano nacional para impedir ação de grupos paramilitares.
Presidente da OAB diz que não há ação enérgica das autoridades públicas.

Daniella Clark Do G1, no Rio .

Em ato em repúdio à atuação das milícias no estado, realizado nesta sexta-feira (6) na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio, o ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que o combate a esses grupos paramilitares é tão importante quanto o combate ao tráfico de drogas.

"É tão importante combater as milícias quanto o tráfico. Na raiz, esses dois movimentos estão integrados", afirmou o ministro, admitindo a necessidade de um plano nacional para desarticular essas milícias, formadas por profissionais pagos pelo estado que atuam em comunidades carentes, inclusive em outros estados. "O indicativo desse plano nacional está dado pelo Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), com recursos que já estão à disposição".
Durante o evento - que reuniu políticos, vítimas da violência e representantes de diversos setores da sociedade – o presidente da OAB, Wadih Damous, afirmou que a ausência do estado é o fator gerador e incentivador para a articulação das milícias.
"Não estamos vendo uma pronta e enérgica ação das autoridades públicas para desarticular esse bando de seqüestradores e terroristas", afirmou Damous.

Seqüestro de jornalista é 'grotesco', diz ministro

Seu discurso foi endossado pelo ministro, que classificou o seqüestro de jornalistas de O Dia, na Favela do Batan, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, como grotesco.
"Precisamos retomar o controle democrático da vida pública. Essa é a nossa disposição. Em cima desse fato grotesto do seqüestro de jornalistas está a simbolização do seqüestro dos direitos humanos", afirmou o ministro.
O ministro ressaltou que a segurança pública é de responsabilidade dos estados.
"Temos propostas e projetos e temos dinheiro, recursos, e estamos oferecendo aos estados e municípios para políticas preventivas, para construção de penitenciárias, além do apoio que podemos dar quando nos é solicitado, através da Força Nacional e da PF", afirmou o ministro.

G1 > Edição Rio de Janeiro .

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